- Rodrigues91Passarinheiro Junior
- Mensagens : 120
Pontos : 278
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/10/2012
Localização : Rj
bom dia pessoal
Dom 7 Out - 9:40
eu gostaria de saber ser o coleiro tem alguma doença para ser preocupa ?
ser ter qual e o remedio para dar .
ser ter qual e o remedio para dar .
- ConvidadConvidado
Re: bom dia pessoal
Dom 7 Out - 9:51
Amigo Rodrigues,
Todas as doenças são ruins, mas acho que a pior é a coccidiose que tem nome popular de "peito seco", essa mata rápido. O remédio mais usado para combate-la é o coccidex.
Leia um pouco sobre a coccidiose.
Coccidiose - Maior
problema sanitário da avicultura de gaiola
A
coccidiose, direta ou indiretamente, é responsável por mais da
metade dos problemas de saúde das aves de gaiola. Causada por protozoários,
parasitas do epitélio intestinal. Os gêneros de interesse para
a avicultura são Eimeria e Isospora sendo que o segundo tem nos pássaros
seu hospedeiro. Daí poder-mos nos referir à doença no como
Isosporose. Esses coccidas são muito bem sucedidos, por terem desenvolvido
um ciclo reprodutivo assexuado, no interior das células e sexuado fora
delas, produzindo oocitos extremamente resistentes, que são eliminados
com as fezes e completam seu desenvolvimento, com a esporulação,
fora do hospedeiro.
Os
oocitos possuem uma camada externa impenetrável para os desinfetantes
empregados nos criatórios (imune a Iodo, Ácido Cresílico,
Hipoclorito de Sódio, Formalina, Sulfato de Cobre, Ácido Sulfúrico,
Diclorado de Potássio, Formaldeído e muitos outros, nas concentrações
comercias). Quando ingeridos pelo hospedeiro, o aparelho digestivo se encarrega
de corroer a membrana dos oócitos liberando os esporozóitos que
penetram nas células do intestino, dando inicio a reprodução
assexuada e multiplicando-se até romper-lhe a membrana, migrando para
outras células. Assim por algumas gerações, até
se tornarem seres sexuados, que, fora do ambiente intracelular, produzirão
novos oócitos imaturos, que serão eliminados com as fezes.
Os
meios de contaminação são sempre mecânicos. Os oócitos
são transportados no manuseio do material, levados para outros locais
ligados ao vestuário das pessoas, principalmente calçados.
Também podem ser levados pelo vento, em partículas secas de dejetos
contaminados. Podem permanecer ativos em um ambiente por muitos meses em condições
ideais de temperatura e umidade.
Quase
todos os pássaros são infestados por coccidas. As defesas do organismo
mantêm o controle da infestação em um nível aceitável.
É praticamente impossível erradicar as coccidas de um criatório.
E também seria indesejável exterminar totalmente as isosporas
do plantel. Sem contato com as isosporas, as defesas do organismo dos nossos
pássaros não seriam estimuladas, e uma ingestão de oócitos,
por um organismo despreparado, poderia ser fatal.
Embora
não seja transplacentária, isto é, não é
transmitida da mãe para o filhote, através do ovo, o filhote é
contaminado por oócitos presentes no ninho, eliminados pela fêmea,
nos primeiros dias de vida. Os próprios ovos já apresentam oócitos
na parte exterior das suas casas. Daí, ser essa uma fase crítica
da criação. Nos primeiros dias de vida, o filhote é contaminado.
Sem defesas orgânicas preparadas para enfrentar as coccidas pode facilmente
perecer.
Não
há um único medicamento que mate todos os coccidas e permita que
o pássaro continue vivo.
A vacinação seria ótima solução. As vacinas,
no entanto, são de alto custo de produção, e, como os coccidas
(mais de 600 espécies) são hospedeiro-específicos, a produção
de vacinas deve ser própria para cada espécie de hospedeiro. Usar
em pássaros, vacina contra coccidiose aviária fabricada para emprego
em frangos de corte é um procedimento inócuo.
Nos resta manter a infestação dos nossos pássaros sob controle.
A quantidade de 1 ou 2 oócitos por gramo de fezes é considerada
adequada. Um pássaro nessa condição de infestação
se mantém saudável, em absoluto equilíbrio sanitário.
A coccidiose está presente, no entanto, assintomática.
Essa
é a realidade de quase todos os pássaros de gaiola.
Qualquer
fator que comprometa as defesas orgânicas de um pássaro poderá
leva-lo à manifestação de um quadro agudo de isosporose.
Daí a grande possibilidade de avaliação incorreta do problema
de saúde que acomete o pássaro. Um pássaro que foi submetido
a uma corrente de ar frio poderá terminar por apresentar um quadro de
isospose. O criador inexperiente dificilmente associaria uma coisa à
outra, pensando apenas em um possível problema no aparelho repiratório.
A presença do veterinário e o exame de fezes são fundamentais
nessa hora.
As
paredes do intestino, danificadas por um quadro agudo de coccidiose, formam
ambiente adequado ao desenvolvimento de outras bactérias, causando infecções
secundárias que poderão exigir atibioticoterapia específica.
Em
pássaros adultos é mais comum a ocorrência de casos de isosporose
na época da muda de penas, quando os pássaros estão mais
debilitados. Passaros estressados por viagens e participações
em torneios estão mais suscetíveis de apresentar a doença.
A
falta de higiene com poleiros e comedouros, e de grade impedindo que o pássaros
tenham contato com as próprias fezes, permitem que ele ingira oócitos
que foram produzidos em seu próprio intestino. Para cada oócito
ingerido, milhares de células serão comprometidas e a multiplicação
das coccidas aumentará em progressão geométrica.
A Prevenção
A
prevensão de casos de coccidiose no plantel é reforça pela
higiene adequada.
Uma
dieta equilibrada, suplementada
de forma adequada por vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais, e,
enriquecida com simbióticos
(exclusão competitiva dos organismos potencialmente patológicos
na microbiota intestestinal) se constitui em poderosa arma para prevenção
da coccidiose.
O
emprego sistemático de medicamentos coccidiostáticos, principalmente
em doses sub-clinicas, copiado da avicultura de produção, nos
leva a correr o risco de tornarmos os coccidas resistentes aos princípios
ativos empregados, exigindo super-dosagens e novos medicamentos para o seu controle.
Muitos
criadores manejam seus planteis com tratamentos preventivos ministrados em determinadas
épocas do ano, principalmente início da muda e início da
temporada de reprodução.
Tantos
outros ministram coccidiostáticos, do penúltimo dia de choco (para
que a fêmea elimine menos oócitos no início da vida do filhote)
até o 10° dia de vida dos filhotes.
Alguns
passarinheiros, afeitos aos torneios, ministram cocciodiostáticos, de
forma preventiva, desde um dia antes da viajem até dois dias após
retorno do pássaro ao criatório.
Diagnóstico
O diagnóstico preciso é obtido pelo exame das fezes do pássaro.
Preferencialmente, as fezes devem ser colhidas em diferentes horários
e dias. Os oócitos não são eliminados, necessariamente
a cada vez que o pássaro defeca. Um pássaro poderá estar
com um nível de infestação significativo e não ter
oócitos identificados em determinada amostra de material colhido.
O
pássaro acometido de coccidiose ou isosporose, apresenta-se indisposto,
embolado. Permanece mais tempo que normal junto ao comedouro e ao bebedouro.
Isso por estar com a absorção de nutrientes comprometida pelo
dano causado pelos coccidas às células do intestino. É
comum que o desconforto, causado pela dor, leve o pássaro a jogar muitas
sementes para fora do comedouro, a descascar quebrar e derrubar sementes no
comedouro. Em estágios mais avançados poderá ocorrer a
conhecida diarréia branca. Que não é uma diarréia.
Com a falta de nutrientes absorvidos da alimentação, o organismo
ataca as reservas existentes nos tecidos adiposo e muscular, liberando uratos
nas fezes, tornando-as esbranquiçadas. Daí a perda de massa muscular
que destacará o osso do peito em forma de facão, conhecida vulgarmente
por peito seco.
Devemos
ficar atentos para outros problemas que levam às fezes demasiadamente
brancas. Deficiência no equilíbrio da dieta, problemas com o bico,
língua, e muitos outros. Ao identificarmos fezes brancas devemos observar
para diferenciar se o pássaro está comendo muito e não
está aproveitando os nutrientes, se não está comendo ou
se esta consumindo uma dieta desequilibrada.
Poderá
haver diarréia, normalmente com presença de sangue. Nesses casos
o pássaro se desidrata rapidamente e morre.
O
ventre poderá se apresentar com volume aumentado, como em pássaros
acometidos de obesidade.
Um
pássaro forte, com as defesas orgânicas em boas condições,
poderá apresentar apenas uma significativa queda de desempenho, ficar
embolado por alguns momentos e animar-se com a aproximação do
tratador, voltando a se movimentar normalmente. Essa situação
poderá perdurar por muito tempo até que ele entre na fase crítica
da doença.
É
preciso estar-mos atentos para o fato de que outra doença poderá
acometer o pássaro, comprometer suas defesas e reservas e facilitar o
desenvolvimento das coccidas. Também um quadro de coccidiose poderá
danificar muitas células do intestino, criando um ambiente favorável
ao desenvolvimento de outras bactérias, causadoras de infecções
secundárias. Ainda há outras doenças apresentam sintomas
semelhantes. Tudo isso dificulta o diagnóstico sem o resultado de exames
dos dejetos.
Exames
de rotina no plantel e os tratamentos preventivos que se fizerem necessários
contribuirão muito com a condição sua condição
sanitária.
Tratamento
Não
existe remédio milagroso. As coccidas estão se tornando cada vez
mais resistentes aos produtos de uso mais comum.
Os
medicamentos podem ser coccidicídas, quando se destinam a matar as coccidas,
ou coccidiostáticos, quando interferem no seu ciclo reprodutivo, reduzindo
a produção de oócitos.
Nenhum
deles acabará com todos as coccidas. Os coccidicidas costumam ser mais
agressivos ao organismo do pássaro tratado.
O
tratamento a base de sulfas, que atuam na fase da reprodução sexuada
das coccidas, conforme a dosagem e a duração, poderá causar
azoospermia, com a esterilização temporária ou permanente
dos galadores. A sulfametazina apresenta a vantagem de ser indicada, também
contra a mycoplasmose e a salmonelose, ampliando o espectro na indicação
do tratamento.
A tetraciclina já foi muito usada, mas pela continuidade do seu emprego
teve sua eficiência comprometida pela progressiva resistência das
coccidas e de outras bactérias, exigindo dosagens cada vez mais fortes.
O
NF-180 pó, foi empregado com sucesso por muito tempo, mas está
com sua comercialização proibida no Brasil.
O
Amprolbase, produzido pela Farmabase, mostra-se eficiente como preventivo, não
apresentando bom resultado na medicação de pássaros com
quadro agudo de coccidiose.
O
Clopindol ou Clopidol, como é conhecido no Brasil o Metilclorpindolo,
presente no Coccinon da Angercal e no Coccidex da Vitasol, tem-se mostrado o
mais adequado para o tratamento da coccidiose dos pássaros de gaiola.
Juntamente
com o cocciostático deve ser ministrado um complexo vitamínico
com vitamina A, que irá ajudar na reparação do intestino
atingido, com vitamina K para minimizar possíveis hemorragias, com vitamina
C que apresenta propriedades anti-infecciosas e apóia o restabelecimento
das defesas orgânicas e vitaminas do grupo B, especialmente as vitaminas
B2 e B12, que revigoram o organismo debilitado. No caso de tratamento com sulfas,
vitaminas do grupo B devem ser evitadas por antagonizarem a ação
das mesmas. Em casos agudos da doença um soro re-hidratante acrescido
de energético (açúcar de uva ou dextrosol) é fundamental
para devolver ao pássaro as condições mínimas necessárias
para volte a se alimentar.
Alguns
criadores afirmam usar com sucesso o Clavulim 250, de uso humano, mas é
uma iniciativa empírica, desamparada de estudo científico comprobatório.
É
prática usual da maioria dos criadores empregar um cocciodiostático
sempre que um pássaro da sinais de não estar bem de saúde.
Não é um procedimento desprovido de fundamento, pois para a maioria
dos criadores é difícil dispor de acesso aos necessários
exames de fezes, diagnóstico e prescrição veterinária
em tempo hábil para a recuperação do pássaro.
Considerando
que a presença de coccidas no organismo do pássaro é, no
mínimo, muito provável, minimizar o nível da infestação
no pássaro doente, mesmo que a causa da doença seja outra, é
extremamente desejável.
Um
pássaro que arrepiou a plumagem (embolou) e demonstrou apatia deve receber
um cocciostático imediatamente. Se o seu problema de saúde estiver
restrito à coccidiose é de se esperar que, no máximo no
terceiro dia de tratamento, apresente significativa melhora. Mesmo em caso de
aparente recuperação o tratamento não deve ser inferior
a 10 dias.
Costumamos
empregar como medicação emergencial a associação
de coccidex (uma cápsula em 50 mL de água) com 10 gotas de R-Trill.
Temos tido grande sucesso com esse tratamento.
Caso
não reaja positivamente com esse tratamento, em até 3 dias, o
tratamento deve ser modificado.
Essas
recomendações prestam-se apenas aos casos emergenciais, em que
não é possível recorrer ao veterinário ou efetuar
exame de fezes.
Todas as doenças são ruins, mas acho que a pior é a coccidiose que tem nome popular de "peito seco", essa mata rápido. O remédio mais usado para combate-la é o coccidex.
Leia um pouco sobre a coccidiose.
Coccidiose - Maior
problema sanitário da avicultura de gaiola
A
coccidiose, direta ou indiretamente, é responsável por mais da
metade dos problemas de saúde das aves de gaiola. Causada por protozoários,
parasitas do epitélio intestinal. Os gêneros de interesse para
a avicultura são Eimeria e Isospora sendo que o segundo tem nos pássaros
seu hospedeiro. Daí poder-mos nos referir à doença no como
Isosporose. Esses coccidas são muito bem sucedidos, por terem desenvolvido
um ciclo reprodutivo assexuado, no interior das células e sexuado fora
delas, produzindo oocitos extremamente resistentes, que são eliminados
com as fezes e completam seu desenvolvimento, com a esporulação,
fora do hospedeiro.
Os
oocitos possuem uma camada externa impenetrável para os desinfetantes
empregados nos criatórios (imune a Iodo, Ácido Cresílico,
Hipoclorito de Sódio, Formalina, Sulfato de Cobre, Ácido Sulfúrico,
Diclorado de Potássio, Formaldeído e muitos outros, nas concentrações
comercias). Quando ingeridos pelo hospedeiro, o aparelho digestivo se encarrega
de corroer a membrana dos oócitos liberando os esporozóitos que
penetram nas células do intestino, dando inicio a reprodução
assexuada e multiplicando-se até romper-lhe a membrana, migrando para
outras células. Assim por algumas gerações, até
se tornarem seres sexuados, que, fora do ambiente intracelular, produzirão
novos oócitos imaturos, que serão eliminados com as fezes.
Os
meios de contaminação são sempre mecânicos. Os oócitos
são transportados no manuseio do material, levados para outros locais
ligados ao vestuário das pessoas, principalmente calçados.
Também podem ser levados pelo vento, em partículas secas de dejetos
contaminados. Podem permanecer ativos em um ambiente por muitos meses em condições
ideais de temperatura e umidade.
Quase
todos os pássaros são infestados por coccidas. As defesas do organismo
mantêm o controle da infestação em um nível aceitável.
É praticamente impossível erradicar as coccidas de um criatório.
E também seria indesejável exterminar totalmente as isosporas
do plantel. Sem contato com as isosporas, as defesas do organismo dos nossos
pássaros não seriam estimuladas, e uma ingestão de oócitos,
por um organismo despreparado, poderia ser fatal.
Início
Embora
não seja transplacentária, isto é, não é
transmitida da mãe para o filhote, através do ovo, o filhote é
contaminado por oócitos presentes no ninho, eliminados pela fêmea,
nos primeiros dias de vida. Os próprios ovos já apresentam oócitos
na parte exterior das suas casas. Daí, ser essa uma fase crítica
da criação. Nos primeiros dias de vida, o filhote é contaminado.
Sem defesas orgânicas preparadas para enfrentar as coccidas pode facilmente
perecer.
Não
há um único medicamento que mate todos os coccidas e permita que
o pássaro continue vivo.
A vacinação seria ótima solução. As vacinas,
no entanto, são de alto custo de produção, e, como os coccidas
(mais de 600 espécies) são hospedeiro-específicos, a produção
de vacinas deve ser própria para cada espécie de hospedeiro. Usar
em pássaros, vacina contra coccidiose aviária fabricada para emprego
em frangos de corte é um procedimento inócuo.
Nos resta manter a infestação dos nossos pássaros sob controle.
A quantidade de 1 ou 2 oócitos por gramo de fezes é considerada
adequada. Um pássaro nessa condição de infestação
se mantém saudável, em absoluto equilíbrio sanitário.
A coccidiose está presente, no entanto, assintomática.
Essa
é a realidade de quase todos os pássaros de gaiola.
Qualquer
fator que comprometa as defesas orgânicas de um pássaro poderá
leva-lo à manifestação de um quadro agudo de isosporose.
Daí a grande possibilidade de avaliação incorreta do problema
de saúde que acomete o pássaro. Um pássaro que foi submetido
a uma corrente de ar frio poderá terminar por apresentar um quadro de
isospose. O criador inexperiente dificilmente associaria uma coisa à
outra, pensando apenas em um possível problema no aparelho repiratório.
A presença do veterinário e o exame de fezes são fundamentais
nessa hora.
As
paredes do intestino, danificadas por um quadro agudo de coccidiose, formam
ambiente adequado ao desenvolvimento de outras bactérias, causando infecções
secundárias que poderão exigir atibioticoterapia específica.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Corte de intestino corado em roxo H. E. e aumentado 400 vezes
mostra os aglomerados de bactérias oportunistas em infecções
secundárias.
Corte de intestino corado em roxo H. E. e aumentado 400 vezes
mostra os aglomerados de bactérias oportunistas em infecções
secundárias.
início
Em
pássaros adultos é mais comum a ocorrência de casos de isosporose
na época da muda de penas, quando os pássaros estão mais
debilitados. Passaros estressados por viagens e participações
em torneios estão mais suscetíveis de apresentar a doença.
A
falta de higiene com poleiros e comedouros, e de grade impedindo que o pássaros
tenham contato com as próprias fezes, permitem que ele ingira oócitos
que foram produzidos em seu próprio intestino. Para cada oócito
ingerido, milhares de células serão comprometidas e a multiplicação
das coccidas aumentará em progressão geométrica.
A Prevenção
A
prevensão de casos de coccidiose no plantel é reforça pela
higiene adequada.
Uma
dieta equilibrada, suplementada
de forma adequada por vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais, e,
enriquecida com simbióticos
(exclusão competitiva dos organismos potencialmente patológicos
na microbiota intestestinal) se constitui em poderosa arma para prevenção
da coccidiose.
O
emprego sistemático de medicamentos coccidiostáticos, principalmente
em doses sub-clinicas, copiado da avicultura de produção, nos
leva a correr o risco de tornarmos os coccidas resistentes aos princípios
ativos empregados, exigindo super-dosagens e novos medicamentos para o seu controle.
Muitos
criadores manejam seus planteis com tratamentos preventivos ministrados em determinadas
épocas do ano, principalmente início da muda e início da
temporada de reprodução.
início
Tantos
outros ministram coccidiostáticos, do penúltimo dia de choco (para
que a fêmea elimine menos oócitos no início da vida do filhote)
até o 10° dia de vida dos filhotes.
Alguns
passarinheiros, afeitos aos torneios, ministram cocciodiostáticos, de
forma preventiva, desde um dia antes da viajem até dois dias após
retorno do pássaro ao criatório.
Diagnóstico
O diagnóstico preciso é obtido pelo exame das fezes do pássaro.
Preferencialmente, as fezes devem ser colhidas em diferentes horários
e dias. Os oócitos não são eliminados, necessariamente
a cada vez que o pássaro defeca. Um pássaro poderá estar
com um nível de infestação significativo e não ter
oócitos identificados em determinada amostra de material colhido.
O
pássaro acometido de coccidiose ou isosporose, apresenta-se indisposto,
embolado. Permanece mais tempo que normal junto ao comedouro e ao bebedouro.
Isso por estar com a absorção de nutrientes comprometida pelo
dano causado pelos coccidas às células do intestino. É
comum que o desconforto, causado pela dor, leve o pássaro a jogar muitas
sementes para fora do comedouro, a descascar quebrar e derrubar sementes no
comedouro. Em estágios mais avançados poderá ocorrer a
conhecida diarréia branca. Que não é uma diarréia.
Com a falta de nutrientes absorvidos da alimentação, o organismo
ataca as reservas existentes nos tecidos adiposo e muscular, liberando uratos
nas fezes, tornando-as esbranquiçadas. Daí a perda de massa muscular
que destacará o osso do peito em forma de facão, conhecida vulgarmente
por peito seco.
Devemos
ficar atentos para outros problemas que levam às fezes demasiadamente
brancas. Deficiência no equilíbrio da dieta, problemas com o bico,
língua, e muitos outros. Ao identificarmos fezes brancas devemos observar
para diferenciar se o pássaro está comendo muito e não
está aproveitando os nutrientes, se não está comendo ou
se esta consumindo uma dieta desequilibrada.
Poderá
haver diarréia, normalmente com presença de sangue. Nesses casos
o pássaro se desidrata rapidamente e morre.
O
ventre poderá se apresentar com volume aumentado, como em pássaros
acometidos de obesidade.
início
Um
pássaro forte, com as defesas orgânicas em boas condições,
poderá apresentar apenas uma significativa queda de desempenho, ficar
embolado por alguns momentos e animar-se com a aproximação do
tratador, voltando a se movimentar normalmente. Essa situação
poderá perdurar por muito tempo até que ele entre na fase crítica
da doença.
É
preciso estar-mos atentos para o fato de que outra doença poderá
acometer o pássaro, comprometer suas defesas e reservas e facilitar o
desenvolvimento das coccidas. Também um quadro de coccidiose poderá
danificar muitas células do intestino, criando um ambiente favorável
ao desenvolvimento de outras bactérias, causadoras de infecções
secundárias. Ainda há outras doenças apresentam sintomas
semelhantes. Tudo isso dificulta o diagnóstico sem o resultado de exames
dos dejetos.
Exames
de rotina no plantel e os tratamentos preventivos que se fizerem necessários
contribuirão muito com a condição sua condição
sanitária.
Tratamento
Não
existe remédio milagroso. As coccidas estão se tornando cada vez
mais resistentes aos produtos de uso mais comum.
Os
medicamentos podem ser coccidicídas, quando se destinam a matar as coccidas,
ou coccidiostáticos, quando interferem no seu ciclo reprodutivo, reduzindo
a produção de oócitos.
Nenhum
deles acabará com todos as coccidas. Os coccidicidas costumam ser mais
agressivos ao organismo do pássaro tratado.
O
tratamento a base de sulfas, que atuam na fase da reprodução sexuada
das coccidas, conforme a dosagem e a duração, poderá causar
azoospermia, com a esterilização temporária ou permanente
dos galadores. A sulfametazina apresenta a vantagem de ser indicada, também
contra a mycoplasmose e a salmonelose, ampliando o espectro na indicação
do tratamento.
A tetraciclina já foi muito usada, mas pela continuidade do seu emprego
teve sua eficiência comprometida pela progressiva resistência das
coccidas e de outras bactérias, exigindo dosagens cada vez mais fortes.
início
O
NF-180 pó, foi empregado com sucesso por muito tempo, mas está
com sua comercialização proibida no Brasil.
O
Amprolbase, produzido pela Farmabase, mostra-se eficiente como preventivo, não
apresentando bom resultado na medicação de pássaros com
quadro agudo de coccidiose.
O
Clopindol ou Clopidol, como é conhecido no Brasil o Metilclorpindolo,
presente no Coccinon da Angercal e no Coccidex da Vitasol, tem-se mostrado o
mais adequado para o tratamento da coccidiose dos pássaros de gaiola.
Juntamente
com o cocciostático deve ser ministrado um complexo vitamínico
com vitamina A, que irá ajudar na reparação do intestino
atingido, com vitamina K para minimizar possíveis hemorragias, com vitamina
C que apresenta propriedades anti-infecciosas e apóia o restabelecimento
das defesas orgânicas e vitaminas do grupo B, especialmente as vitaminas
B2 e B12, que revigoram o organismo debilitado. No caso de tratamento com sulfas,
vitaminas do grupo B devem ser evitadas por antagonizarem a ação
das mesmas. Em casos agudos da doença um soro re-hidratante acrescido
de energético (açúcar de uva ou dextrosol) é fundamental
para devolver ao pássaro as condições mínimas necessárias
para volte a se alimentar.
Alguns
criadores afirmam usar com sucesso o Clavulim 250, de uso humano, mas é
uma iniciativa empírica, desamparada de estudo científico comprobatório.
É
prática usual da maioria dos criadores empregar um cocciodiostático
sempre que um pássaro da sinais de não estar bem de saúde.
Não é um procedimento desprovido de fundamento, pois para a maioria
dos criadores é difícil dispor de acesso aos necessários
exames de fezes, diagnóstico e prescrição veterinária
em tempo hábil para a recuperação do pássaro.
Considerando
que a presença de coccidas no organismo do pássaro é, no
mínimo, muito provável, minimizar o nível da infestação
no pássaro doente, mesmo que a causa da doença seja outra, é
extremamente desejável.
Um
pássaro que arrepiou a plumagem (embolou) e demonstrou apatia deve receber
um cocciostático imediatamente. Se o seu problema de saúde estiver
restrito à coccidiose é de se esperar que, no máximo no
terceiro dia de tratamento, apresente significativa melhora. Mesmo em caso de
aparente recuperação o tratamento não deve ser inferior
a 10 dias.
Costumamos
empregar como medicação emergencial a associação
de coccidex (uma cápsula em 50 mL de água) com 10 gotas de R-Trill.
Temos tido grande sucesso com esse tratamento.
Caso
não reaja positivamente com esse tratamento, em até 3 dias, o
tratamento deve ser modificado.
Essas
recomendações prestam-se apenas aos casos emergenciais, em que
não é possível recorrer ao veterinário ou efetuar
exame de fezes.