- Eduardo FerreiraPassarinheiro Recente
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Histórico da Canaricultura de Cor
Seg 14 Jan - 22:44
Histórico
Da Canaricultura de Cor
O homem cria canários há de cinco séculos.
Os primeiros `Serinus canarius , ancestrais de todos os canários de
hoje, foram descobertos nas canárias e ilhas vizinhas por navegadores por volta
de 1402 e elevados continente europeu, onde começaram a ser criados em
cativeiro a partir de 1478.
Criaram-se canários por muitos, mas somente em 1709 se tem noticia de um
livro publicado exclusivamente sobre eles. O autor foi HERVIEUX de Chanteloup, encarregado dos aviários da
Duquesa de Barry, e nele são relacionados na 1º edição vinte e nove variedades
distintas pela cor da plumagem.
Estabelecer comparação entre as variedades relacionadas por HERVIEUX e
os pássaros atuais, em alguns casos, não é tarefa fácil. Se analisarmos as
comparações feitas por vários autores verificaremos que se em algumas a concordância
é geral, em outras a divergência é constante. O que se pode garantir é que
existiam em 1709 canários verdes, canelas, brancos , amarelos e uns poucos
supostamente de olhos vermelhos. Nas vinte e nove variedades estavam incluídos
os pássaros pintados e o fator intenso que se fazia presente. Nas vinte e nove
variedades estavam incluídos os pássaros pintados e o fator intenso que se
fazia presente.
Em edições posteriores, a relação foi sendo acrescida, incluindo, a
partir de 1920, os canários de topete.
Outros autores, em outras obras, apresentam relação com algumas
alterações mas, basicamente, as cores pouco variavam.
A cor era um item importante, mas não havia um trabalho exclusivo
dedicado ás cores da plumagem.
Até o inicio do século XX os
criadores se dedicavam quase que exclusivamente ao canto e a forma, não
deixando a cor ser um complemento importante.
A canaricultura, visando a cor dos
canários, surgiu no inicio do século com aparecimento da mutação hoje
denominada ÀGATA no criadouro de
canários de canto clássico de P.J Helder em Leewaarden, Holanda.
Esses mutantes, denominados
inicialmente ASH GRAY, surgiram na prole de um casal de pássaros verdes e eram
fêmeas. Helder não se descartou deles e na temporada seguinte, utilizando
acasalamentos consanguíneos, fixou a mutação, dando origem ao grande número de
mutações que depois surgiram.
Nomes de Alguns Criadores
que iniciaram as Mutações
Em 1908 no criadouro da Sra. Lee em
Matinborough, na Nova Zelândia, de um casal de pássaros amarelos nevados
conseguineos, a criadoura conseguiu fixar a mutação que conclui ser recessiva e
autossomal, sendo os pássaros iniciais bastante frágeis e de difícil
desenvolvimento.
Como já havia brancos dominantes com
incrustações, foram denominados brancos recessivos.Posteriormente, foi
verificado que sua fragilidade se devia a uma deficiência orgânica: não sintetizavam a Vitamina A
Ao Dr Duncker, criador alemão de grande projeção nos anos vinte, deve-se o primeiro
trabalho sobre genética de canários de cor e os estudos para produção de uma
canário de cor de fundo vermelha, utilizando os híbridos de canários com o Tarim da Venezuela.
Os esforços sistemáticos para criar
um canário de cor de fundo vermelha tiveram início por volta de 1926
Na Alemanha o
Sr Dams, de Konigsberg, depois o Sr Marten,
de Lotzen, foram os primeiros a tentar obter os pássaros de cor de fundo
Vermelha.
Apesar de Dams ter sido o pioneiro, o
método sugerido foi o do Dr. Duncker, que era líder entre os criadores alemães,
holandeses, belgas e franceses e , posteriormente, o do resto da Europa.
O trabalho de Duncker baseava-se nas
seguintes considerações teóricas.
O canário não possuía vermelho em seu patrimônio genético;
consequentemente, gen. ou genes que produzissem a pigmentação vermelha de outro
pássaro deveriam ser transferidos ao canário , Isto implicava em hibridação e
na produção de um híbrido fértil.
O pássaro utilizado foi o Tarim (
Spinus Cuculatus) macho, um pequeno pássaro com o corpo colorido de vermelho
vivo, cabeças, asas e caudas negras, com barras vermelhas nas asas.
O hibrido obtido era muito apreciado
na Venezuela, México e Cuba e tido como Fértil.
De acordo com Duncker, o Tarim não
teria amarelo em seu patrimônio genético. Assim, o cruzamento seria entre um
pássaro que possuía o amarelo com outro de composição contraria.
Os híbridos receberiam um fator
vermelho do Tarim e um fator amarelo do canário, e a interseção deses dois
fatores produziria a cor acobreada.
O acasalamento entre dois híbridos
poderia produzir um pássaro com característica do canário como fator Tarim
A fêmea hibrida eram, porém, todas estéreis
e o processo teve que ser modificado utilizando-se canárias com os machos F-1 e
não houve ganho, mas sim perda de cor.
Duncker preconizou então canárias
Brancas dominantes na esperança de que o fator branco dominate mascaresse o
amarelo e não tivesse efeito sobre o vermelho. Ele esperava híbridos vermelhos
e laranja e foram obtidos híbridos cobre e cinza de ambos os sexos, pois o
fator branco dominante mascarou tanto o vermelho como o amarelo.
Numa terceira tentativa, recomendaram-se
as fêmeas brancas recessivas na esperança de que, a exemplo dos acasalamentos
com amarelos, surgissem apenas pássaros vermelhos portadores recessivo, este
cruzamento foi feito pó A.K Gill em 1933 e os
resultados foram desanimadores. Os machos F1 eram cobres e as fêmeas
acinzentadas como fêmeas do Tarim.
As fêmeas já se mostravam férteis e
um trabalho de seleção conseguiu reunir, após quase dez anos de experiências no
patrimônio dos canários, os genes que permitem a assimilação do vermelho e os
pássaros atuais, com alimentação apropriada, conseguem
atingir tonalidades de vermelho bem vivo.
Dos acasalamentos entre pássaros de
fator vermelho surgiram algumas fêmeas esbranquiçadas com zonas de lipocromo
idênticas as da fêmea do Tarim. No final dos anos quarenta surgiram os
mosaicos, mas com o correr do tempo tal teoria abandonada, pois machos com
características bem diferentes dos nevados começaram a aparecer.
Um trabalho criterioso de seleção e a
introdução, segundo consta, de pássaros Gloster pelos Italianos, nos planteis
de mosaicos, nos conduziram aos mosaicos novo tipo, bem caracterizado, onde o
macho e a fêmea apresentam dimorfismo típico.
Na década de cinquenta,
três novas mutações apareceram: MARFIM, PASTEL E OPALINO.
Manual de JULGAMENTO DE COR
2001 OJM E OBJO
Da Canaricultura de Cor
O homem cria canários há de cinco séculos.
Os primeiros `Serinus canarius , ancestrais de todos os canários de
hoje, foram descobertos nas canárias e ilhas vizinhas por navegadores por volta
de 1402 e elevados continente europeu, onde começaram a ser criados em
cativeiro a partir de 1478.
Criaram-se canários por muitos, mas somente em 1709 se tem noticia de um
livro publicado exclusivamente sobre eles. O autor foi HERVIEUX de Chanteloup, encarregado dos aviários da
Duquesa de Barry, e nele são relacionados na 1º edição vinte e nove variedades
distintas pela cor da plumagem.
Estabelecer comparação entre as variedades relacionadas por HERVIEUX e
os pássaros atuais, em alguns casos, não é tarefa fácil. Se analisarmos as
comparações feitas por vários autores verificaremos que se em algumas a concordância
é geral, em outras a divergência é constante. O que se pode garantir é que
existiam em 1709 canários verdes, canelas, brancos , amarelos e uns poucos
supostamente de olhos vermelhos. Nas vinte e nove variedades estavam incluídos
os pássaros pintados e o fator intenso que se fazia presente. Nas vinte e nove
variedades estavam incluídos os pássaros pintados e o fator intenso que se
fazia presente.
Em edições posteriores, a relação foi sendo acrescida, incluindo, a
partir de 1920, os canários de topete.
Outros autores, em outras obras, apresentam relação com algumas
alterações mas, basicamente, as cores pouco variavam.
A cor era um item importante, mas não havia um trabalho exclusivo
dedicado ás cores da plumagem.
Até o inicio do século XX os
criadores se dedicavam quase que exclusivamente ao canto e a forma, não
deixando a cor ser um complemento importante.
A canaricultura, visando a cor dos
canários, surgiu no inicio do século com aparecimento da mutação hoje
denominada ÀGATA no criadouro de
canários de canto clássico de P.J Helder em Leewaarden, Holanda.
Esses mutantes, denominados
inicialmente ASH GRAY, surgiram na prole de um casal de pássaros verdes e eram
fêmeas. Helder não se descartou deles e na temporada seguinte, utilizando
acasalamentos consanguíneos, fixou a mutação, dando origem ao grande número de
mutações que depois surgiram.
Nomes de Alguns Criadores
que iniciaram as Mutações
Em 1908 no criadouro da Sra. Lee em
Matinborough, na Nova Zelândia, de um casal de pássaros amarelos nevados
conseguineos, a criadoura conseguiu fixar a mutação que conclui ser recessiva e
autossomal, sendo os pássaros iniciais bastante frágeis e de difícil
desenvolvimento.
Como já havia brancos dominantes com
incrustações, foram denominados brancos recessivos.Posteriormente, foi
verificado que sua fragilidade se devia a uma deficiência orgânica: não sintetizavam a Vitamina A
Ao Dr Duncker, criador alemão de grande projeção nos anos vinte, deve-se o primeiro
trabalho sobre genética de canários de cor e os estudos para produção de uma
canário de cor de fundo vermelha, utilizando os híbridos de canários com o Tarim da Venezuela.
Os esforços sistemáticos para criar
um canário de cor de fundo vermelha tiveram início por volta de 1926
Na Alemanha o
Sr Dams, de Konigsberg, depois o Sr Marten,
de Lotzen, foram os primeiros a tentar obter os pássaros de cor de fundo
Vermelha.
Apesar de Dams ter sido o pioneiro, o
método sugerido foi o do Dr. Duncker, que era líder entre os criadores alemães,
holandeses, belgas e franceses e , posteriormente, o do resto da Europa.
O trabalho de Duncker baseava-se nas
seguintes considerações teóricas.
O canário não possuía vermelho em seu patrimônio genético;
consequentemente, gen. ou genes que produzissem a pigmentação vermelha de outro
pássaro deveriam ser transferidos ao canário , Isto implicava em hibridação e
na produção de um híbrido fértil.
O pássaro utilizado foi o Tarim (
Spinus Cuculatus) macho, um pequeno pássaro com o corpo colorido de vermelho
vivo, cabeças, asas e caudas negras, com barras vermelhas nas asas.
O hibrido obtido era muito apreciado
na Venezuela, México e Cuba e tido como Fértil.
De acordo com Duncker, o Tarim não
teria amarelo em seu patrimônio genético. Assim, o cruzamento seria entre um
pássaro que possuía o amarelo com outro de composição contraria.
Os híbridos receberiam um fator
vermelho do Tarim e um fator amarelo do canário, e a interseção deses dois
fatores produziria a cor acobreada.
O acasalamento entre dois híbridos
poderia produzir um pássaro com característica do canário como fator Tarim
A fêmea hibrida eram, porém, todas estéreis
e o processo teve que ser modificado utilizando-se canárias com os machos F-1 e
não houve ganho, mas sim perda de cor.
Duncker preconizou então canárias
Brancas dominantes na esperança de que o fator branco dominate mascaresse o
amarelo e não tivesse efeito sobre o vermelho. Ele esperava híbridos vermelhos
e laranja e foram obtidos híbridos cobre e cinza de ambos os sexos, pois o
fator branco dominante mascarou tanto o vermelho como o amarelo.
Numa terceira tentativa, recomendaram-se
as fêmeas brancas recessivas na esperança de que, a exemplo dos acasalamentos
com amarelos, surgissem apenas pássaros vermelhos portadores recessivo, este
cruzamento foi feito pó A.K Gill em 1933 e os
resultados foram desanimadores. Os machos F1 eram cobres e as fêmeas
acinzentadas como fêmeas do Tarim.
As fêmeas já se mostravam férteis e
um trabalho de seleção conseguiu reunir, após quase dez anos de experiências no
patrimônio dos canários, os genes que permitem a assimilação do vermelho e os
pássaros atuais, com alimentação apropriada, conseguem
atingir tonalidades de vermelho bem vivo.
Dos acasalamentos entre pássaros de
fator vermelho surgiram algumas fêmeas esbranquiçadas com zonas de lipocromo
idênticas as da fêmea do Tarim. No final dos anos quarenta surgiram os
mosaicos, mas com o correr do tempo tal teoria abandonada, pois machos com
características bem diferentes dos nevados começaram a aparecer.
Um trabalho criterioso de seleção e a
introdução, segundo consta, de pássaros Gloster pelos Italianos, nos planteis
de mosaicos, nos conduziram aos mosaicos novo tipo, bem caracterizado, onde o
macho e a fêmea apresentam dimorfismo típico.
Na década de cinquenta,
três novas mutações apareceram: MARFIM, PASTEL E OPALINO.
Manual de JULGAMENTO DE COR
2001 OJM E OBJO
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Pontos : 2403
Reputação : 169
Data de inscrição : 15/09/2012
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Localização : sertãozinho sp
Re: Histórico da Canaricultura de Cor
Ter 15 Jan - 18:10
amigo eduardo sempre que colocar um artigo coloque a fonte para que o forum não sofra transtorno futuro
CRIADOR DE CANARIOS DE COR :
AMARELOS :INTENSO, MARFIM,NEVADO
AMARELOS MOSAICOS
VERMELHOS MOSAICOS
VERMELHO : INTENSO,MARFIM,NEVADO
VERDE:INTENSO,NEVADO,MARFIM,MOSAICO
ISABEIS VERMELHO MOSAICO
GLOSTER
TOPETE ALEMÃO
YORK