Curió - Vamos conhecer esselindo pássaro - Artigo
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Curió  - Vamos conhecer esselindo pássaro - Artigo  Empty Curió - Vamos conhecer esselindo pássaro - Artigo

Dom 14 Fev - 20:50
Boa noite amigos Criadores de Pássaros !

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NOME - Curió

OUTRO NOME - Avinhado

NOME CIENTÍFICO - Oryzoborus angolensis

SIGNIFICADO DO NOME: Curió significa na linguagem indígena " Amigo do homem ".

ORDEM: Passeriformes

FAMÍLIA: Fringílidas

NOME EM INGLÊS: Thick-billed (Lesser) Seed Finch  

NOME EM ESPANHOL: Semillero Picogueso

ALIMENTAÇÃO NO HABITAT NATURAL: Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes com exclusividade na semente do capim navalha.

COR: marrom quando novo. Depois de completar 420 dias suas penas ficam pretas com apenas uma pequena mancha branca na asa e sua barriga e peito fica na cor vinho, a fêmea é marrom com um tom mais claro no peito mesmo quando adulta.

LOCALIZAÇÃO: Todo o Brasil e alguns lugares da América do Sul. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.

TEMPO DE VIDA: 20 anos no cativeiro (se bem cuidado) e de 8 a 10 anos na vida selvagem.

TAMANHO: 14 cm

ÉPOCA DE ACASALAMENTO: ocorre no mês de agosto até o fim de março

FÊMEA - INÍCIO DO PERÍODO FÉRTIL: 6 meses a 1 ano

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 12 dias

Nº DE OVOS: de 1 a 3 ovos por ninhada.

MUDA (TROCA DE PENAS: acontece entre março e junho.

O nome Curió na língua tupi guarani significa "Amigo do Homem", pois este pássaro gostava de viver perto da aldeia dos índios. Esta característica de se aproximar do ser humano, a sua elegância, a enorme capacidade de disputar pelo canto quem é o dominador do território, e a enorme qualidade de seu canto, fez do curió um amigo muito estimado entre os criadores e amantes de pássaros em geral.


O bicudo (oryzoborus maximiliani) é um parente muito próximo do curió e também excelente cantor, só que um pouco maior e é todo preto e com a mesma mancha branca na asa. O canto de curiós e bicudos é tão apreciado que, nos concursos, essas qualidades são muito importantes.


O Curió aprende a cantar desde pequeno com o pai, porém, os aconselham que os filhotes ouçam o canto do pai, somente se este canto for perfeito. As aves emitem sons que podem exprimir alegria, tristeza, aviso de alerta, dentre outros. Há uma grande variedade de cantos, e varia de região para região, havendo casos de pássaros que emitem até 40 assobios diferentes.

No Brasil já foram encontrados mais de 128 cantos diferentes e, os mais conhecidos são: Praia Grande (é o som que você ouve nesta página), Paracambi, Uberaba, Vi te teu, Mateiro (que é o natural do pássaro). Quanto a repetição pode ser curto (de 1 a 4) ou longo (mais de 5). O canto mais difundido por todo o Brasil é o chamado Praia Grande. Esse canto é originário das praias paulistas e, atualmente, está extinto na natureza, ou seja, os pássaros selvagens não mais o emitem. Por isso, a preocupação dos criadores de todo Brasil é que seja mantido, em cativeiro, esse tipo de canto.

O curió além de excelente cantor é um imitador nato, por isso, não é aconselhável criá-lo com outras espécies de pássaros, porque ele aprenderá facilmente o canto delas, perdendo assim a pureza de suas notas musicais características. O melhor tempo para o curió aprender a cantar é quando novo , ainda com 3 meses. Colocando o pássaro para escutar o canto de fita, CD ou de um mestre (pássaro do plantel que tem o melhor canto), mas também pode aprender depois de velho se ele for cabeça mole (nome dado pelos criadores, um curió que ao escutar um canto diferente do seu troca de canto). Você pode encontrar discos contendo gravações de canto de curió, especiais para o treinamento de filhotes e aperfeiçoamento do canto de curiós adultos. Para conseguir informações de como obter esses discos consulte as Associações de Criadores.


Alimentação

A alimentação básica dos curiós deve constituir de uma mistura de sementes diversas e dos complementos empregados em substituição aos insetos avidamente capturados pelas aves na natureza. Também há necessidade de suplementação vitamínica, de aminoácidos e mineral. Os pássaros cativos necessitam ter à sua disposição, permanentemente, areia fina, que ingerida com alimento irá facilitar o seu processamento no início do processo digestivo. 


O correto manejo alimentar é fundamental para o êxito na manutenção dos pássaros de gaiola.


Devemos adotar um programa alimentar adequado às diversas fases da criação, Muda, Reprodução, Torneios, Verão, Inverno etc.

 Mistura de Sementes 
       
A mistura de sementes que adotamos é simples, variada e sofre pouca modificação com as fases da criação. Empregamos 50% de Alpiste, 10% de Painço Branco, 10% Painço Verde, 5% de Painço Português, 5% de Painço Preto, 5% de senha e 5% de Arroz com casca.


        Nenhuma mistura de sementes é capaz de suprir todas as necessidades dos curiós em cativeiro. A diversificação dos tipos de painço não tem grande significado na dieta pois possuem o mesmo valor nutricional.  A base da mistura será sempre o alpiste, que mais se aproxima das necessidades nutricionais dos curiós.

        A mistura de sementes, no entanto, é o maior problema no manejo alimentar. É difícil obter sementes com boa qualidade, sem de pó, sem impurezas, mantidas com nível de umidade de, no máximo, 12% e principalmente sem fungos e micotoxinas. A mistura de sementes é um grande causador de problemas sanitários. Alguns cuidados nos permitem minimizar os problemas causados pelas sementes.

         A escolha de fornecedor idôneo, que adquira bons produtos, possua ótimas condições de armazenamento e grande rotatividade de estoque é o primeiro passo.

        Observar visualmente as sementes, procurando identificar a presença de impurezas, de insetos, de pó e de pequenos aglomerados de sementes unidas por algo semelhante a uma teia de aranha. Em qualquer dos casos descarte. Algumas sementes, como o alpiste e o painço, apresentam um certo brilho característico quando estão em boas condições.

        Efetuar um teste de germinação, colocando amostras de sementes em algodão embebido em água. Sementes de boa qualidade apresentam elevado percentual de germinação (cerca de 80%).

        Manter uma amostra de sementes por um período de 24 horas em uma caixa ao abrigo da luz, cheirando no final do período para identificar pelo olfato a presença de mofo.

        Nunca lavar as sementes. A cultura de expor ao sol as sementes para eliminação de fungos é absolutamente inócua. Alguns processos podem até eliminar fungos, mas nada poderá ser feito contra as micotoxinas já produzidas por eles.

        Sempre adicionar à mistura de sementes substâncias absorventes de micotoxinas à base de alumino silicatos. Existem vários produtos no mercado. Empregamos, principalmente,  Lavinex Pet, que vem acondicionado em saches de 3g, quantidade indicada para cada Kg de mistura de sementes ou farinhada.O Aflatox é outra opção.

        Limpar as sementes é fundamental. Grandes criadouros, que manejam maiores quantidades de sementes devem empregar máquinas apropriadas. Existem muitas opções no mercado, dimensionadas para varias necessidades. A limpeza de pequenas quantidades de sementes pode ser feita com o auxilio de um ventilador e de duas peneiras. Basta despejar pequenas quantidades de sementes de uma peneira para a outra, fazendo com que durante a queda passem por frente do sopro do ventilador. O processo deve ser repetido até que a porção de sementes esteja limpa. Com um pouco de prática, ajustando bem a altura da queda pelo afastamento das peneiras (uma derramando e outra aparando)  e regulando a distância e velocidade do ventilador se obtém um ótimo resultado.

        O armazenamento em lugar seco e fresco contribui para a conservação das sementes.

        As cascas das sementes devem ser removidas dos comedouros e a mistura recompletada diariamente. Semanalmente a mistura deve ser totalmente removida dos comedouros, que devem ser limpos e reabastecidos.

        Evitar armazenar sementes por muito tempo.

 Farinhadas 

        Hoje são facilmente encontradas no mercado farinhadas prontas, balanceadas para as diversas espécies de pássaros.

        As farinhadas são um importante componente do manejo alimentar. Além de possibilitarem um melhor equilíbrio da dieta, permitem a inclusão de vários complementos como prebióticos, probióticos, suplementos vitamínicos, remédios, vermífugos, premix, aminoácidos etc..

        A farinhada é de fundamental importância na alimentação dos filhotes. Se uma fêmea não estiver acostumada a se alimentar com farinhadas, dificilmente ira inclui-la na alimentação dos filhotes.

        Empregamos em nosso criatório uma mistura de farinhada comercial com ovos cozidos passados nas peneiras.

          Preparo da mistura:

          Ovo de galinha, cozido em fogo baixo por 20 min (contar apenas o período de fervura),  passado por uma peneira metálica fina, dessas de coar chá. A clara de ovo contém uma proteína chamada de avidina, que se liga a biotina muito ativamente. A avidina é um fator anti-nutricional, que atrapalha a absorção de biotina, cuja deficiência poderá causar distúrbios neuromusculares. O cozimento da clara de ovo desnatura a avidina e abole a atividade de ligação à biotina.
        O ovo deve ser cozido por 20 min (fervura em fogo baixo). Um tempo de cozimento menor não neutraliza a avidina nem garante a eliminação de salmonelas. Um tempo de cozimento maior implica em perda de nutrientes.

        Para cada ovo adicionamos 3 colheres (de sopa bem cheias) de farinhada.

        O resultado é excelente. A farofa fica com cerca de 16 % de proteína bruta, o que poderá variar conforme a farinhada empregada ou a mistura de sementes adotada.

        Servimos pela manhã e retiramos no final da tarde.
       No caso da alimentação de filhotes ainda podem ser incluídos, além de prebioticos e probioticos, promotores de crescimento e até antibióticos, nos casos de mortalidade de nidícolas.

        A farinhada com ovos deve ser retirada no final do dia.
        Para o plantel oferecemos essa mistura 3 vezes por semana, durante toda a fase de manutenção e muda. Na época de alimentação de filhotes, a mistura é oferecida diariamente.

 Alimentos Extrusados 

        É sabida pela maioria dos mantenedores de pássaros em cativeiros que as sementes não são uma fonte de nutrientes adequada. São carentes de vitaminas A, D3, K, B12, C, colina, lisina, cálcio e sódio. Também é sabido que o pássaro escolherá as sementes mais palatáveis de acordo com a sua preferência, desequilibrando a dieta por mistura de sementes. Além disso, as sementes estão envolvidas, direta ou indiretamente, na maioria dos problemas de saúde das aves de gaiola, já que, normalmente,  estão contaminadas por fungos, bactérias e produtos alergênicos. Ainda apresentam o risco dos agrotóxicos empregados no seu cultivo.

        Pesquisas em nutrição de aves têm feito grandes avanços e, como resultado, os fabricantes tem sido capazes de formularem variadas e nutritivas rações. As vantagens dos produtos extrusados incluem, além do correto balanceamento,  a ausência de pó, de bactérias e a possibilidade de empregar uma semente aproveitando suas qualidades e descartando as suas substâncias nocivas. Muitos criadores dão testemunho de melhora nos índices reprodutivos com o uso de rações extrusadas.

        Qualquer mudança no regime alimentar deve ser gradual. A transição deve ser sempre suave.

        Alguns criadores adotam as rações e outros não. A transferência na posse de um pássaro de um para outro criador pode levá-lo a significativo stress, ainda mais se a mudança de regime alimentar for radical.

        Adotamos em nosso criatório a opção de oferecer em comedouro separado as rações da Alcon (Alcon Club Curió), de forma permanente e independente de outros alimentos da dieta. Notamos que na média, nossas aves consomem 5 % da quantidade de alimentos sólidos ingeridos, na forma de ração extrusada. Dessa forma a microbiota intestinal se desenvolve adaptada aos alimentos extrusados e sua falta não seria dramática para um pássaro transferido para um criatório que não a adote.

 Areia e Grit Mineral 

Pássaros não possuem dentes, com isso uma mistura de grit mineral,
areia fina, farinha de conchas de ostras, carvão vegetal e sedimento calcário  age como promotor de eficiência alimentar, beneficiando e ajudando os pássaros a digerirem o alimento.


Colocamos a mistura em uma vasilha do tipo porta-vitaminas e a mantemos em todas as gaiolas.


Osso de Siba 

A matéria prima para a fabricação do osso de siba é a sépia, um molusco da família da lula, que possui uma concha interna. Essa concha é rica em minerais, principalmente o cálcio, devendo ser fornecida para pássaros de todos os tipos, durante todo o ano, principalmente nas épocas de postura e muda das penas. Em cada uma de nossas gaiolas é colocado um bloco fabricado (Ossiba) preso à grade, que fica a disposição dos pássaros. Além da reposição de cálcio, os pássaros usam o bloco para afiar o bico. Confiamos no instinto das aves para regular o seu consumo.

 Frutas e Verduras 

Não há inconveniente em que se ofereça aos pássaros verduras e frutas. Cabe, no entanto a preocupação com sua origem, pois a contaminação por agrotóxicos pode ser é fatal.


A preferência recai sobre as verduras amargas como Almeirão, Chicória e outras. O jiló é muito bem aceito pelos curiós. Também o milho verde é apreciado, mas não deve permanecer na gaiola por mais de algumas horas.


Devemos evitar Couve, principalmente na época da reprodução pela possibilidade de cólicas intestinais. O alface tem propriedade calmante e desestimula o canto dos machos. Em nosso criatório não ministramos frutas, verduras ou legumes por considerarmos mais risco do que benefício.


 Alimentos Vivos 

 O uso de alimentos vivos, como minhocas, grilos e, principalmente tenébrios, embora se constitua em boa fonte de proteínas de origem animal, está constantemente relacionado ao aparecimento de infestações por fungos e intoxicações por micotoxinas. O maior beneficio do fornecimento de larvas de tenébrio é o aspecto psicológico para o pássaro. Alimentam seu instinto predador. Em segundo lugar está o seu alto teor de fósforo, cuja relação extremamente desequilibrada com o cálcio, pode ser facilmente ajustada pelo oferecimento de outras fontes de cálcio.


O valor protéico da tenébrio se iguala ao das boas rações para pássaros (cerca de 20 %), mas pode variar muito segundo a alimentação recebida, com a desvantagem de não ser de grande digestibilidade.

O seu teor de gordura, também variável em função da alimentação recebida, fica por volta de 13 %.


Na época da muda os pássaros se tornam pouco ativos e acabam por queimar menos calorias. O fornecimento das larvas em grande quantidade, na época da muda, poderá implicar em pássaros com problemas de obesidade, e, naturalmente com seu potencial reprodutivo comprometido.

É importante que se mantenha uma cultura sem desenvolvimentos de fungos no substrato, ou, no mínimo, com a inclusão de absorventes de micotoxinas.s.m



As micotoxinas são tóxicas produzidas por fungos.








substratos que serão posteriormente consumidos pelo homem. Seu consumo pode representar risco à saúde humana se houver ingestão de grande quantidades ou ingestão continuada .
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