Tudo sobre GIRAFAS
Qua 18 Jul - 20:17
Tudo sobre girafas
Características
A girafa é um mamífero ruminante de grande porte. Vive nas regiões secas e com árvores dispersas situadas nas savanas africanas do sul do deserto do Saara. Elas foram caçadas para extração de sua pele, grossa e resistente, mas atualmente a espécie é protegida. Fêmeas e machos são providos de dois ou quatro chifres curtos, rombudos e cobertos de pele veludosa. A língua é longa (chega a medir até 40 cm de comprimento) e flexível. Utilizam-na, junto com o lábio superior, para arrancar as folhas dos ramos mais altos das acácias, que constituem um de seus principais alimentos. Cada animal tem seu próprio padrão de manchas.
A girafa pode alcançar 5,30 metros de altura, dos quais boa parte é constituída pelo pescoço. Existe apenas uma espécie de girafa, mas a pelagem apresenta grande variedade nos desenhos das manchas de pêlos de cor escura, sobre o fundo claro (cor creme). Caminha com passo travado, erguendo as duas pernas do mesmo lado ao mesmo tempo, o que chamamos de Andadura. Corre com grande velocidade, podendo chegar a 50 km/h. Vive em bandos, onde o macho maior parece dominar.
Gestação
As fêmeas de girafa têm lugares específicos para parir dentro de seu território. Escolhem um determinado lugar para trazer ao mundo sua primeira cria e sempre voltarão a esse local para os partos seguintes, mesmo no caso de seu território ter sido fragmentado.
Filhotes
Ao nascer, as crias são fortes e bem desenvolvidas, costumam ser vítimas dos predadores durante o primeiro ano de vida. Após o desmame, as fêmeas permanecem dentro do território materno, enquanto os machos o abandonam, formando grupos separados. Organizados em uma hierarquia clara de dominância, esses grupos formados só por machos vagarão dentro de seu próprio território, à procura de fêmeas no cio.
Evolução (explicação de Charles Darwin e o Neodarwinismo)
Os ancestrais das girafas, de acordo com o documentário fóssil, tinham pescoço significamente mais curtos. O comprimento do pescoço variava entre os indivíduos das populações ancestrais de girafas. Essa variação era de natureza hereditária. Indivíduos com pescoço mais longos alcançavam o alimento dos ramos mais altos das árvores. Por isso, tinham mais chance de sobreviver e deixar descendentes. A seleção natural, privilegiando os indivíduos de pescoço mais comprido durante milhares de gerações, é responsável pelo pescoço longo das girafas atuais.
Em uma explicação mais detalhada da "Seleção Natural", note que esse processo pressupõe a existência de variabilidade entre organismos de uma mesma espécie (ex.: variabilidade entre as girafa). As mutações e a recombinação gênica são as duas importantes fontes de variabilidade. Essa variabilidade pode permitir que os indivíduos se adaptem ao ambiente. É obvio que a mortalidade seria maior entre os indivíduos menos adaptados ao meio, pelo processo de escolha ou "seleção natural", que é uma escolha efetuada pelo meio ambiente.
Restando apenas as girafas que melhor se adaptaram ao ambiente.
Onde vive
África tropical
O que come
Folhagens das copas das árvores
Peso
500 quilos, em média. Até 1,9 tonelada
Tamanho
Até 5,3 metros. Sua perna mede 2,5 metros
Tempo de vida
26 anos, em média
As girafas são tímidas e atentas. São ativas principalmente ao cair da tarde e no início da manhã, descansando durante as horas mais quentes do dia. Usualmente dormem em pé, mas ocasionalmente, deitam-se...
ANATOMIA, BIOLOGIA E FISIOLOGIA DAS GIRAFAS
As propriedades fisiológicas das girafas são extraordinárias!
Elas têm o corpo relativamente curto, em comparação com o comprimento das pernas e do pescoço, o qual é ornado por uma crina baixa. Com base nos padrões do pêlo, que escurece com a idade, e no tamanho e quantidade dos cornos, diversas subespécies já foram descritas.
COMPRIMENTO
Mede aproximadamente de 3,60 metros a 4,00 metros.
ALTURA
É, atualmente, o animal mais alto do mundo chegando a medir 5,80m do chão ao topo de suas pretuberâncias, isto é, até a ponta dos cornos. A estatura desse singular ruminante é de cerca de 3 metros até a junção das espáduas, o pescoço longo e ereto faz a cabeça elevar-se a quase 5 metros e meio.
Entretanto, a altura da girafa adulta pode variar bastante, em média de 4,0 até quase 6,0 metros. O macho é maior que a fêmea.
As fêmeas, por exemplo, medem até quatro metros e meio de altura e os machos mais de 5 metros de altura, dos quais, boa parte é constituída pelo pescoço. Os jovens machos crescem aproximadamente 8 centímetros por mês, dobrando a sua altura em dois anos, enquanto que as fêmeas dobram a sua altura em 30 meses. Graças a sua grande altura elas podem observar a distância e notar a aproximação de algum carnívoro. Carregam o "peso" do título de maior ruminante terrestre!
PESO
Apesar do aspecto longilíneo, é, com o elefante e o rinoceronte negro, um dos mamíferos mais pesados do mundo. Pesa aproximadamente de 800 a 1.400 quilogramas. Um exemplar macho pode pesar mais de 1.000 kg. e a fêmea até uma tonelada. Ao nascer, os machos têm em média a altura de 1,9m e 102kg. (50-70 kg?); já para as fêmeas é cerca de 1,8m e 95kg.
PERNAS
Olhando para o animal temos a impressão de que suas pernas dianteiras são maiores do que as traseiras, isso se dá porque todo o corpo parece estar inclinado para baixo, na parte de trás. Embora as pernas sejam todas do mesmo comprimento, as pernas da frente parecem mais longas por causa do formato dos fortes músculos do topo da pernas e no início do pescoço.
PESCOÇO
A girafa é um animal caracterizado pelo seu enorme pescoço... Apesar de ser muito longo, cerca de 3 a 4 metros, o pescoço de uma girafa se sustenta em apenas 7 ossos – possui apenas as sete vértebras cervicais típicas na maioria dos mamíferos. Tem a mesma quantidade de ossos que o nosso pescoço tem ! Vocês acreditam nisso
Parece mentira, mas toda girafa tem o mesmo número de vértebras que o pescoço de um rato! No entanto, é a mais pura das verdades. A única diferença é que eles são alongados e bem maiores. Para se ter uma idéia comparativa, o pescoço dos pássaros tem 14 vértebras, o dobro do pescoço da girafa! O pescoço comprido e as enormes pernas conferem à girafa um movimento e uma elegância excepcionais, que a torna única.
CORNOS
Possui duas pequenas formações córneas cobertas de pele no alto da cabeça (mais delgadas e inteiramente cobertas por pêlos nas fêmeas, ao contrário do que acontece com os machos), por vezes antecedidas de uma proeminência córnea na fronte e sucedidas de outras duas formações córneas mais curtas, também cobertas de pele.
Nascem com 2 a 4 estruturas semelhantes a "chifres", no topo da cabeça. Esses ossíconos são inicialmente constituídos por cartilagem, que endurecem rapidamente e ossificam, dando origem a cornos de osso sólido.
Atenção: As girafas não possuem "chifres" propriamente ditos, o correto é chamá-los de cornos; por quê? Porque corno é para a vida inteira do animal, pois o mesmo nunca cai, já os chifres sim, esses podem cair...
Ao contrário dos outros antílopes e ungulados (que os chifres não fazem parte do esqueleto, sendo constituído de queratina e, se cair após algum acidente, ele volta a crescer), os cornos das girafas e dos ocapis fazem parte do crânio e, se acontecer algum acidente, jamais volta a crescer, resultando no corno quebrado.
Em ambos os sexos existem de dois a quatro pequenos cornos no alto da cabeça e, às vezes, uma protuberância entre os olhos. Um par é principal, mas os do macho são mais desenvolvidos do que os da fêmea, até 13,5 centímetros de comprimento, e desenvolvem por vezes um terceiro ou quinto (por vezes até mais!), mais curtos e não pontiagudos, consoante a subespécie.
O olho é uma diminuta e perfeita câmara fotográfica, constituída por várias partes como Esclerótica ou branco do olho, Pupila ou menina dos olhos, Íris, Cílios, Pestanas, Pálpebras, Sombrancelhas, vários músculos, entre outros...
Entre os árabes e persas, os CÍLIOS são as mais potentes armas de fascinação amorosa, na simbologia. O costume de aumentá-los e pintá-los servia para expandir o seu poder sedutor... A foto acima mostra os cílios longos que as girafas têm...
O olho é uma diminuta e perfeita câmara fotográfica, constituída por várias partes como Esclerótica ou branco do olho, Pupila ou menina dos olhos, Íris, Cílios, Pestanas, Pálpebras, Sombrancelhas, vários músculos, entre outros...
Entre os árabes e persas, os CÍLIOS são as mais potentes armas de fascinação amorosa, na simbologia. O costume de aumentá-los e pintá-los servia para expandir o seu poder sedutor... A foto acima mostra os cílios longos que as girafas têm...
LÁBIOS: São grossos, sendo o superior preênsil.
LÍNGUA: Ela é longa, áspera, flexível e de coloração escura. Utilizam-na, junto com o lábio superior, para arrancar as folhas dos ramos mais altos das árvores. Sua língua pode alcançar mais de 40 centímetros de comprimento!
Dúvida: É verdade que a girafa limpa as orelhas com a sua própria língua?
Um Bilhete de Loteria português diz que sim...
Se elas tivessem o hábito de limpar as orelhas, fariam isso sim, uma vez que têm o "aparelho" devido... (risos) Entretanto, jamais vimos ou conhecemos alguém que tenha visto uma girafa "limpando" a sua própria arelha...
DENTES
dentes incisivos e caninos (série de 6? dentes, chamada de conjunto de dentes anterior), localizados bem na frente da boca, apenas na parte inferior, pois assim como acontece com os bois, as girafas não possuem dentes incisivos e nem os caninos no maxilar superior. Tanto os incisivos como os caninos são afiados, cortantes e inclinados para frente (proclives), formando uma estrutura especialmente adaptada para cortar capim ou os ramos das árvores que são presos e puxados pela língua.
dentes molariformes (série de 20? dentes, chamada de conjunto de dentes posterior), localizados na mandíbula na parte detrás, os quais são de superfície ou coroa irregulares, grandes e abrasantes que se implantam posteriormente tanto no maxilar superior como no inferior, formando uma estrutura especialmente adaptada para triturar ou moer os tecidos vegetais mais duros.
diástema - a série inferior dos molariformes é separada dos incisivos e caninos por um grande espaço sem dentes, denominado diástema.
ORELHAS
São pontiagudas.
MEMBROS
Os membros anteriores são maiores que os posteriores.
CAUDA
Terminada em um penacho escuro (preto), mede 90 centímetros a 1,10m de comprimento.
CORAÇÃO
Em consonância com o seu tamanho, as girafas têm um enorme coração que pode pesar até 11 quilogramas, com 60 centímetros de comprimento e 8 centímetros de espessura nas paredes. É o maior do mundo!
Isso, se deve a necessidade de bombear o sangue com muita força para que a cabeça possa ser atingida. Seu coração está eqüidistante da cabeça e das patas, aproximadamente, pouco mais de dois metros tanto para baixo, como para cima.
Para que o seu sangue chegue até o cérebro, o aparelho circulatório da girafa apresenta, em seu sistema venoso do pescoço, muitos vasos sanguíneos com alças (divertículos) que controlam o fluxo sangüíneo em qualquer de suas duas direções – são várias válvulas que ajudam o sangue a subir para chegar até o cérebro e também a descer para compensar o rápido aumento da pressão quando a sua cabeça está abaixada.
Por isso ele é 43 vezes maior do que o coração do homem e precisa bater muito forte.
Para que o sangue consiga chegar no topo da cabeça, o músculo cardíaco da girafa é excepcionalmente forte mas, por outro lado, para que a pressão não seja excessiva no cérebro, existe uma rede de artérias muito finas (arteríolas) chamada sistema admirável, que faz com que a corrente sangüínea sofra uma redução da pressão.
PRESSÃO SANGUÍNEA
Possui propriedades fisiológicas extraordinárias! A girafa é importante como modelo para investigações dos mecanismos adaptáveis para mudanças gravitacionais de pressão. Estudos fisiológicos prévios têm se concentrado na pressão arterial do sangue, no coração e no pescoço. Essas investigações revelaram que a pressão arterial no coração da girafa precisa ser muito maior, o dobro da dos humanos ou de qualquer outro animal, para que a cabeça possa ser atingida pelo fluxo sangüíneo, mantendo assim a pressão sanguínea no cérebro.
J. V. Warren e sua equipe mediram as pressões nas artérias de algumas girafas de uma reserva, no Quênia. Quando a girafa está deitada, sua cabeça e seu coração estão no mesmo nível, e a pressão arterial da carótida varia entre 180 a 240 mmHg e o rítmo cardíaco é 96 por minuto. Quando o animal levanta a cabeça, a pressão se mantém aproximadamente igual à da deitada, mas a freqüência cardíaca diminui. Na posição ereta ou em movimento normal, aumenta a freqüência cardíaca a cerca de 150/min, enquanto que a pressão arterial cai para 90 a 150 mmHg. O galope eleva a freqüência cardíaca ao valor de 170/min e produz uma variação da pressão arterial entre 80 a 200 mmHg.
Seu coração bombeia com uma pressão entre duas ou três vezes maior do que uma pessoa com saúde normal...
A pressão sistólica ao nível do coração da girafa varia entre 200 e 300 mmHg, enquanto que a diastólica varia entre 100 e 170 mmHg. O valor médio da razão pressão sistólica/pressão diastólica é de 260/160.
Esse valor, comparado com o valor médio de uma pessoa - 120/80 - classificaria a girafa de hipertensa. Entretanto, essa hipertensão não se deve a problemas vasculares, mas é uma condição necessária para suprir o cérebro do animal com sangue quando ele está ereto.
O intestino da girafa é espantosamente comprido: quase 80 metros!
Como todas as mulheres, as girafas fêmeas só têm 2 mamas!
SENTIDOS
O sentido mais bem desenvolvido das girafas é o da visão. Podem enxergar mais de um quilômetro de distância e distinguir as cores. Também têm o olfato (alcança uns 500 metros) e a audição bem desenvolvidos.
VOZ
Uma das muitas coisas estranhas da girafa é que lhe falta a voz... Pois mesmo apresentando órgãos fonadores perfeitos, a girafa raramente emite sons. Foi sempre tão raro ouvir a voz da girafa que se supunha que ela fosse muda. Mas já se sabe que, mesmo silenciosas, elas podem produzir uma variedade de grunhidos, emitindo alguns sons breves, semelhantes a gemidos ou discretos gritos de chamada
LONGIVIDADE
Vivem aproximadamente até os 25 anos, mas em cativeiro podem alcançar os 28 anos.
Nome científico: Giraffa camelopardalisReino: AnimaliaFilo: ChordataClasse: MammaliaOrdem: ArtiodactylaSuperfamília: GiraffoideaFamília: GiraffidaeGénero: GiraffaEspécie: G. camelopardalis
Distribuição
As girafas podem ser encontradas em todo o território do Centro e do Sul do continente africano.
Gosta de viver nas estepes e savanas, em amplos espaços, onde pode usar a sua maior arma, a velocidade. Para se defender só pode dar coices que, apesar de serem mortais se acertarem em alguém ou algum animal, são difíceis de aplicar quando corre em debandada.
O facto de ter de se agachar para conseguir beber água, faz com que a girafa seja extremamente vulnerável nessa altura e então os seus predadores, os leões, não perdem a oportunidade. Por esse motivo, as girafas vivem em grupos familiares que podem ter até 10 elementos e, destes, um dos adultos está sempre alerta enquanto os outros descansam, bebem água ou se alimentam, e estes animais têm um olfacto e visão dignos do seu tamanho!
Alimentação
Os longos pescoços e patas da girafas permitem que estes herbívoros comam só as folhas das copas das árvores, que são inacessíveis para outros animais, podendo aí escolher as folhas mais verdes e tenras, as suas folhas preferidas são as de acácia.
Nas girafas, o macho é significativamente maior e mais robusto que as fêmeas, sendo por isso relativamente fácil distingui-los.
Gestação
O tempo de gestação das girafas anda entre os 420 e os 465 dias, sendo que que a média ronda os 450 dias, nascendo posteriormente uma única cria, que é amamentada pela mãe. Ao resto do grupo cabe o papel de proteger a cria dos predadores, e as pequenas girafas têm alguns, entre eles o leão, a chita, a hiena e os cães selvagens africanos.
Tamanho e peso
Uma girafa adulta pode medir 4,00 m de comprimento, 6,00 metro de altura e pesar cerca de 1200 kg.
Esperança de vida
As girafas a viver em liberdade, no seu meio natural, podem viver entre 10 e 15 anos, já em cativeiro a sua esperança de vida aumenta significativamente, para os 20 ou mesmo 25 anos.
ANIMAIS QUE SE DESTACAM NA MULTIDÃO
As girafas com certeza se destacam na multidão. Seja no zoológico ou no seu habitat natural na África central, elas são mais altas que os outros animais e são o segundo maior animal terrestre que existe hoje em dia (o elefante africano é o maior). O tamanho do pescoço da girafa intriga os observadores há anos. “Como foi que a girafa ficou com este pescoço tão longo?”, alguns perguntam.
Ao presenciar uma girafa de 3 metros de altura levantar seu pescoço de 2,5 metros até o limite e, então, somar outros 30 centímetros com sua língua comprida e gulosa, para pegar aquilo que parecia ser um galho fora do alcance no alto de uma árvore acácia, alguns podem acreditar que o processo de se esticar tenha levado ao processo de crescimento do pescoço da girafa. Mas, de fato, será que uma girafa é capaz de aumentar sua própria estatura?
Se uma característica tivesse mudado, isso não iria afetar o todo? Vamos considerar o caso da girafa.
A girafa é um mamífero; portanto, a maior parte de sua anatomia é semelhante a de outros mamíferos. Como a maioria dos outros mamíferos, a girafa tem sete ossos no pescoço. Mas, e se ela não tivesse sete ossos entre o corpo e a base do crânio? Bem, o pescoço curto do ser humano dá suporte para balancear perfeitamente a cabeça na postura ereta com muito pouco esforço. Já a cabeça grande da girafa precisa ser mantida no alto o tempo todo. Quando a girafa está em pé, metade dos seus músculos do pescoço (que pesam em torno de 225 Kg) estão tensionados. A quantidade de músculos necessária é diretamente ligada ao número de juntas que tem que ser suportadas. Se fossem reduzidas para apenas duas juntas, no crânio e no peito, seu peso iria reduzir consideravalmente e menos energia iria ser necessária para sobreviver. Se a diminuição dos alimentos disponíveis levou o pescoço a se transformar, a quantidade de ossos no pescoço e juntas não seria mutável também por esse processo de evolução? Claro que o problema com este design seria uma perda de flexibilidade e isso iria aumentar grandemente as chances de o pescoço se quebrar caso a girafa recebesse uma pancada na cabeça ou no pescoço.
Por outro lado, um pescoço com muitas juntas necessitaria exatamente do oposto: maior utilização de energia e maior massa muscular a ser suportada. Isto faria o centro de gravidade da girafa deslocar-se para frente das patas dianteiras quando a cabeça estivesse estendida totalmente para frente, fazendo com que as patas traseiras saíssem do chão, supondo que as pernas da frente fossem fortes o suficiente. Sete ossos no pescoço é um design excelente.
Com a cabeça estando numa posição tão alta, o coração enorme da girafa deve ser capaz de distribuir em quantidade suficiente o sangue oxigenado por 3 metros acima até o cérebro. Isso seria um problema (envolvendo pressão arterial muito alta) quando a girafa estivesse com a cabeça abaixada bebendo água, não fosse por um aparato único de paredes arteriais reforçadas, válvulas anti-acúmulo e de desvio, uma rede de pequenos vasos sanguíneos (a rete mirabile, ou “maravilhosa rede”) e sinais sensíveis à pressão, que mantém o fluxo de sangue adequado para o cérebro na pressão correta. Mesmo para aqueles que consideram isso simplesmente como “adaptação à pressões gravitacionais no seu sistema cardiovascular”, a girafa é um animal único.
PREPARADA PARA A LEI DA GRAVIDADE
O coração da girafa é provavelmente o mais forte entre os animais, porque é necessário aproximadamente o dobro da pressão para bombear sangue para o longo pescoço até o cérebro. Com esta alta pressão sanguínea, só um design com características especiais poderia evitar que a girafa “explodisse sua cabeça” quando se abaixasse para beber água.
Igualmente maravilhoso é o fato de que o sangue não se acumula nas pernas e uma girafa não sangra de modo profuso quando sofre um corte na perna. O segredo reside numa pele extremamente rígida e numa faixa interna de tecido fibroso que evita o acúmulo de sangue. Esta combinação da pele tem sido estudada extensivamente pelos cientistas da NASA no seu desenvolvimento de roupas gravitacionais para astronautas. Colabora do mesmo modo, para evitar sangramento profuso, o fato de que todas as artérias e veias nas pernas da girafa são muito internas.
Os capilares que chegam até a superfície são muito pequenos e as células de sangue vermelho possuem cerca de um terço do tamanho das humanas, tornando possível sua passagem pelos capilares. Logo se torna perceptível que todas estas facetas únicas da girafa são interativas e interdependentes com seu pescoço longo.
Mas ainda tem mais. As células de sangue vermelho menores permitem uma área de superfície maior e uma maior e mais rápida absorção do oxigênio no sangue. Isso ajuda a reter a oxigenação adequada em todas as extremidades, inclusive na cabeça.
Os pulmões trabalham em conjunto com o coração para fornecer o oxigênio necessário para a girafa, mas fazem isso de uma maneira que é única da girafa. Os pulmões da girafa possuem oito vezes o tamanho dos pulmões humanos, e sua taxa de respiração é cerca de um terço da dos humanos. A respiração mais lenta é necessária para trocar o grande volume de ar requerido sem causar irritação na traquéia ondulada de 3,6 metros da girafa. Quando o animal respira ar fresco, o oxigênio consumido pela respiração anterior não consegue ser totalmente expelido. Para a girafa este problema aumenta devido à longa traquéia que retém maior quantidade de “ar velho” do que um ser humano é capaz de inalar em uma respiração. É necessário haver um grande volume pulmonar para fazer com que este “ar ruim” seja um percentual pequeno do total. Este é um problema de Física que a girafa resolveu.
NASCIMENTO DA GIRAFA
Para aumentar ainda mais a marvilha, temos o nascimento de uma girafa que certifica o argumento do design inteligente. O novo filhote nasce com 1,5 metros, pois a mãe não é capaz de sentar-se confortavelmente no chão - e deitar-se durante o nascimento seria um claro convite para que um leão ou outro predador atacasse a mãe. Como ocorre com todos os mamíferos, a cabeça é desproporcionalmente grande comparada com o restante do corpo no nascimento, e torna-se um desafio passá-la pelo cretal.
O bebê girafa tem o desafio a mais de possuir um pescoço longo muito frágil ligando sua cabeça ao resto do seu recém-nascido corpo de 70 Kg. Se a cabeça viesse primeiro, o pescoço certamente quebraria quando o restante do corpo caísse sobre ela. Se a cabeça viesse depois, o pescoço certamente quebraria assim que o peso do corpo puxasse para baixo tentando tirar a cabeça para fora da mãe. Este aparente impasse é resolvido pelo fato de o quadril traseiro ser muito menor que o peitoral frontal e o pescoço ser longo o suficiente para permitir à cabeça passar através do cretal apoiada no quadril traseiro. Os pés traseiros saem primeiro para segurar a queda do restante do animal. A cabeça é suportada e sua queda é amaciada pelo quadril traseiro e o pescoço é maleável, permitindo uma inclinação acentuada ao redor do peitoral.
Esta é uma saída perfeita que seria impossível em qualquer outra combinação ou com qualquer outro tamanho de pescoço. Dentro de minutos o novo filhote já está graciosamente de pé entre as pernas da mãe. Do nascimento à vida adulta, em apenas quatro anos, o pescoço cresce passando de um sexto para um terço da altura total da girafa. Este crescimento é necessário para o animal superar a altura da sua perna e poder inclinar-se para beber água. A comida durante o primeiro ano do filhote é quase exclusivamente o rico leite de sua mãe, que pode ser alcançado pelo filhote facilmente.
Ecologicamente, a girafa é perfeitamente compatível com seu ambiente. Existe a necessidade de um aparador de árvores para evitar que as árvores que obscurecem a luz e crescem rapidamente façam muita sombra no solo e acabem matando a grama tão necessária que provê alimento para outros animais da savana. Há também necessidade de uma sentinela que possa ver acima da mata alta e que possa observar os movimentos dos felinos predadores. A girafa não somente é alta o suficiente para isso, mas também tem uma visão excelente e uma curiosa disposição. Depois de alertar outros animais com vários movimentos sonoros da cauda, a girafa sai da zona de perigo ousadamente pisando firme. A grande altura corporal, as camadas rígidas de pele, o coice traseiro mortal e a capacidade de correr a passos longos e rápidos fazem da girafa adulda uma presa indesejável para qualquer carnívoro.
Sugerir que tudo isso poderia ter evoluído de uma única classe de animal, sem quaisquer parentes próximos concebíveis e se tornando tão desenvolvido devido apenas a uma suposta falta de alimento no nível do solo - é absurdo. Não deveriam também outros animais que se alimentam no nível do solo, sendo vulneráveis aos felinos maiores e sendo bombardeados com a mesma radiação cósmica, ter alcançado uma estatura mais parecida com a da girafa?
É interessante que há outros animais que se alimentam sim de árvores. A gazela-girafa da África tem o pescoço mais longo na família das gazelas, tem uma língua comprida e come folhas das árvores apoiando-se nas suas pernas traseiras. O bode markhor (bode selvagem indiano) do Afeganistão sobe em árvores de até 7,5 metros para comer folhas das árvores. Outros mamíferos desejam as folhas das árvores, mas nenhum deles irá jamais se tornar uma girafa, e a girafa com certeza não veio de algum outro animal “menos-que-uma-girafa”.
Não podemos saber se as condições eram as mesmas no passado, mas a “necessidade de sobreviver alcançando sempre mais alto para obter comida” é, assim como muitas explicações Darwinianas deste tipo, pouco mais do que uma mera especulação post hoc (nota do tradutor: expressão do latim para expressar a falácia do tipo: se aconteceu depois disso, então foi por causa disso). O registro dos fósseis somado ao único e maravilhoso design observado neste animal atestam isso. O louvor, a glória e a honra vão para o Criador da girafa.
Referências
1. Percival Davis and Dean H. Kenyon, Of Pandas and People, (tradução: Sobre Pandas e Pessoas); Haughton Publishing Company, Dallas (Texas), 1989, p. 71.
2. Alan R. Hargens, Developmental Adaptations to Gravity/Cardiovascular Adaptations to Gravity in the Giraffe, (tradução: Adaptações de Desenvolvimento para a Gravidade/Adaptações Cardiovasculares para a Gravidade na Girafa); Life Sciences Division, NASA Ames Research Center (California), 1994, p. 12.
3. Helen Roney Sattler, Giraffes, the Sentinels of the Savannas, (tradução: Girafas, as Sentinelas das Savanas); Lothrop, Lee and Shepard Books, New York, 1979, p. 22.
4. Francis Hitching, The Neck of the Giraffe, Where Darwin Went Wrong, (tradução: O Pescoço da Girafa – Onde Darwin Errou); Ticknor and Fields, New York, 1982, p. 179.
LYNN HOFLAND, B.S.E.E., é um Engenheiro de Testes no Centro de Pesquisa Ames, na NASA, Mountain View, California. Ele e sua esposa educam seus três filhos em casa (home school) e iniciaram o “Ministério Stiffneck” cinco anos atrás para prover material didático criacionista para outras pessoas que educam seus filhos em casa (homeschoolers).
GIRAFFA CAMELOPARDALIS
A Girafa é o animal mais alto do Mundo, com uma altura de mais de 5,5 m, onde o pescoço representa quase metade desta altura. Apesar de seu enorme pescoço, possui sete vértebras como os demais mamíferos: sete!
Tamanho
Tem de altura 5,5 m, incluindo o pescoço que mede 2 m. Pesa cerca de 1.000 Kg. Os machos são maiores do que as fêmeas.
Distribuição
África (a sul do deserto do Sara).
Habitat
Estepes cobertas de árvores e de moitas, as conhecidas savanas africanas.
Alimentação
Rebentos da folhagem do alto das acácias.
Reprodução
Acasalam em qualquer época do ano. Os machos lutam entre si pela posse das fêmeas, atingindo com o pescoço o corpo e as patas dos opositores. O período de gestação das girafas é de 15 meses. O parto é o momento mais crítico para o único filhote, já que implica numa queda de quase 2 metros. A cria é amamentada e defendida pela progenitora por seis a oito meses. A partir daqui esta já não a protege, mas a cria segui-la-á até atingir um ano de idade ou mesmo a maturação sexual, que é atingida entre os quatro e os seis anos de idade.
Status
Globalmente ameaçada de Extinção.
É uma espécie em risco e dependente de conservação (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Outrora encontrava-se em todo o continente africano, onde houvesse habitat apropriado. Hoje está limitada a uma distribuição fragmentada em zonas protegidas.
Classificação
Reino - AnimaliaFilo - ChordataSubFilo - VertebrataClasse - MammaliaOrdem - ArtiodactylaFamilia - GiraffidaeGénero - GiraffaEspécies - Camelopardalis
Descrição geral
O pêlo apresenta um padrão malhado característico - lembrando um mosaico - sendo castanho-avermelhada e creme. Tem pescoço comprido, membros anteriores maiores que os posteriores, orelhas pontiagudas, cauda comprida com um tufo de pêlo longo na ponta. Apresenta, na cabeça, duas a quatro pequenas estruturas, tipo cornos, cobertas de pele. Têm a língua comprida e o lábio superior preênsil.
Tempo de Vida
25 anos
INIMIGOS
Humanos, Leões
Relação com os Humanos
Tem sido caçada constantemente e seu habitat tem sofrido devastação para agricultura. Contudo, é fácil de domesticar, encontrando-se em muitos Zoos, onde se reproduz frequentemente.
Curiosidades sobre a Girafa
São capazes de utilizar a língua bastante comprida para limpar os olhos e as orelhas.
As Girafas são gregárias, ou seja, costumam viver em grupos de até quarenta indivíduos, sob o domínio de um macho mais velho, embora geralmente conduzidas por uma fêmea.
São animais pacíficos e não territoriais, mas existe uma hierarquia no interior dos grupos, que é mantida através de comportamentos intimidatórios.
A forma de alimentação das girafas é o desrame. Elas valem-se de sua altura para se alimentar de folhas, galhos e da vegetação da copa das árvores. Além disso, suas línguas são longas e pegajosas, podendo medir até 60cm de comprimento, e seus lábios grossos as protegem dos espinhos das árvores.
Procuram alimento de madrugada e ao anoitecer, podendo estar activas em noites de luar. Nas horas de maior calor preferem ruminar à sombra. Apesar de conseguirem permanecer longos períodos sem beber, são bastante dependentes da presença de água, altura em que ficam mais vulneráveis aos ataques dos predadores, embora sejam normalmente as crias as vítimas de predação.
A girafa dorme de pé e, só em ocasiões muito especiais, quando se sentem completamente seguras, se deitam ao chão para descansar.
O sentido mais bem desenvolvido é o da visão. Mesmo apresentando órgãos fonadores perfeitos, a girafa raramente emite sons. Foi sempre tão raro ouvir a voz da girafa que se supunha que ela fosse muda, mas já se sabe que esse animal imponente emite alguns sons breves, semelhantes a gemidos, e discretos gritos de chamada.
Quando trotam ou caminham lentamente, levam para a frente as patas do mesmo lado do corpo. Esta marcha é conhecida como andadura e faz das girafas elegantíssimos animais.
Podem galopar até 56 kms por hora, sendo o seu principal predador natural o Leão, do qual se defendem desferindo coices com as patas da frente, que podem resultar muito perigosos.
Para que o enorme coração, que pode pesar até 11kg, possa bombear sangue até o cérebro, situado três metros acima dele, o aparelho circulatório apresenta no pescoço vasos com alças (divertículos), que controlam o fluxo sangüíneo em qualquer direcção.
O termo girafa (do árabe zarAfa(t), pelo italiano giraffa) é a designação comum aos grandes mamíferos artiodátilos, ruminantes, do gênero Giraffa, da família dos girafídeos, no qual consta uma única espécie, a Giraffa camelopardalis, ou camelo leopardo, como eram chamadas pelos romanos quando elas existiam no norte da África, pois acreditava-se que vinham de uma mistura de uma fêmea camelo, com um macho leopardo. São ungulados com número ímpar de dedos.
As girafas são os únicos membros de seu gênero e juntas com os Okapis formam a família Giraffidae. Actualmente estão listadas nove subespécies de girafa (ver em baixo), diferenciadas pela distribuição geográfica e pelo padrão das manchas. Essas várias subespécies de girafas agora habitam as terras secas ao sul do Saara. As girafas se distribuem em dois grupos: Girafa do Norte que são tricornes, isto é, com um corno nasal interocular e dois frontoparietais, apresentando pelagem predominantemente reticulada; e Girafa do Sul, sem corno nasal e a pelagem predominantemente é de malhas irregulares.
Os machos chegam a 5 metros de altura e com suas línguas preênseis que alcançam até 40 centímetros são capazes de pegar as folhas de acácias, por entre pontiagudos espinhos nos altos dos galhos, que são sua principal fonte de alimentação. Elas são capazes de comer as folhas das árvores até 6 metros de altura. Para poderem pastar, têm de afastar uma da outra as pernas dianteiras. Devido ao baixo teor nutritivo das folhas, as girafas precisam comer grandes quantidades e passam quase 20 horas por dia comendo. O comprimento do corpo pode ultrapassar os 2,25 metros e ainda possui uma cauda com 80 centímetros de comprimento, não contando com o pincel final. O seu peso pode ultrapassar os 500 quilos. Apesar do seu tamanho a girafa pode atingir a velocidade de 47 km/hora. Elas vivem em manadas dispersas e são solitárias.
Girafa
As girafas, como todos os mamíferos, possuem sete vértebras cervicais. Os seus pescoços, entretanto, são os maiores dos animais atuais, pelo que é pouco flexível. Por causa de seu pescoço comprido e rígido, seu sistema vascular possui particularidades como válvulas especiais que permitem que o fluxo sanguíneo alcance o cérebro (bastante afastado de seu coração) quando levantam a cabeça e evitam vertigens quando elas a abaixam. Ambos os sexos possuem dois ou quatro cornos curtos e recobertos por pele. O pêlo da girafa é fulvo (amarelo-tostada, alourado) ou rosado, com grandes manchas de cor amarronzada (exceto no ventre, onde o pêlo é branco). As manchas pardas possuem um padrão único para cada indivíduo e o auxilia a se mimetizar por entre as sombras das árvores onde habita. Elas possuem pernas longas, sendo as dianteiras mais altas que as traseiras, e número reduzido de costelas. O tempo de vida de uma girafa é de aproximadamente 15 a 20 anos.
Cabeça de uma girafa.
Leões, hienas e leopardos são predadores dos filhotes de girafas, mas os adultos possuem porte e velocidade suficientes (55 quilômetros por hora em curta distância) para limitar o número de predadores. As girafas quase não emitem sons. A gestação dura 420 a 450 dias, nascendo só uma cria de cada vez com uma altura que oscila entre 1,5 e 1,7 metros. Os filhotes de girafas caem de uma altura de quase 2 metros quando a mãe está de pé durante o nascimento, o que é freqüente.
É um animal gregário constituindo rebanhos ou bandos pouco numerosos, andando rapidamente, a passo travado e associando-se aos antílopes e avestruzes nas savanas africanas ao sul do Saara.
Sub-espécies
Girafa-reticulada ou girafa-da-somália (G.c. reticulata) - manchas cor-de-fígado, reticuladas e separadas por linhas brancas muito nítidas; NE Quénia, Etiópia, Somália
Girafa-angolana (G.c. angolensis) - Angola, Zâmbia
G.c. antiquorum - Sudão
Girafa-do-kilimanjaro ou girafa-masai (G.c. tippelskirchi) - manchas irregulares, em forma de folha de videira, cor-de-chocolate; Quénia, Tanzânia
Girafa-núbia (G.c. camelopardalis) - manchas grandes, quadrangulares, cor-de-avelã, ausentes nas patas; E Sudão, NE Congo
Girafa-de-rothschild (G.c. rothschildi) - manchas rectangulares castanho-escuras, de contornos mal definidos; Uganda, Quénia
Girafa-sul-africana (G.c. giraffa) - África do Sul, Namíbia, Botswana, Zimbabwe, Moçambique
Girafa-da-rodésia (G.c. thornicrofti) - E Zâmbia
G.c. peralta - Chade
O género Giraffa tem uma outra espécie, Giraffa jumae, conhecida apenas do registo fóssil.