- gobertoPassarinheiro Junior
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Alimentação dos Canários
Ter 26 Fev - 0:16
Oi para quem tem duvida da Alimentação dos Canários
A utilização da água no canaril.
Devido à qualidade da água da minha região ser muito boa , optei por servir a água da torneira para os meus canários, que é a mesma utilizada pela minha família. Tenho alguns cuidados para servi-la.
Os bebedouros de água que utilizo são de plástico translúcido com capacidade de 120 ml. Utilizo o sistema de rodízio dos bebedouros de água, onde todos os bebedouros são retirados das gaiolas e esvaziados e colocados de molho na água com clorofina por 1 dia. Os bebedouros limpos de reserva são abastecidos com água da torneira e colocados nas gaiolas.
Não utilizo a água logo após períodos de desabastecimentos. Espero algumas horas antes de servi-la aos canários.
A água servida nos bebedouros não passa por reservatório, vem direto da rede pluvial. Tenho receio de utilizar a água que vem do reservatório, pois muitas vezes nos esquecemos das limpezas periódicas, podendo esta água conter algum tipo de micro organismo que possam causar danos à saúde dos canários.
A água deve ser servida direto da torneira em cada bebedouro. Jamais utilizo qualquer tipo de recipiente comunitário para distribuir a água nos bebedouros. Acho que é uma forma de socializar as doenças. O correto é cada gaiola ter o seu bebedouro fixo.
Quando noto qualquer turbidêz na água ou cheiro forte, deixo passar algumas horas até que a qualidade da água volte ao normal.
A água dos bebedouros deve ser trocada todos os dias nos períodos quentes e nos períodos frios a cada dois dias. Devemos marcar as gaiolas dos canários que regurgitam os alimentos nos bebedouros, para estes canários devemos limpar o bebedouro e trocar a água todos os dias.
Se optar por servir a água utilizando o sistema de conta gotas ao invez de utilizar os bebedouros, verifique se os canários se adaptarão a este sistema, pois alguns canários não conseguem beber a água nos conta gotas.
Gotejador de água para canários
Cuidados que devemos ter na aquisição das sementes
Referentes as sementes temos que estar atentos, pois elas não acusam ou raramente acusam vizualmente os seus problemas. Por exemplo, o alpiste pode estar muito bonito, limpo, mas o grão pode esta muito duro. Os canários quando não estão acostumados com este grão mais duro, são acometidos de problemas digestivos. As sementes quando mal acondicionadas podem conter fungos e outros agentes que podem causar danos a saúde dos nossos canários. Compre sempre as sementes de empresas que prezem pela qualidade dos seus produtos. Quando comprar as sementes dê a preferência a sementes em pacotes fechados, evite de comprar sementes avulsas. Eu tenho como costume de mastigar uma pouco de aveia descascada e um pouco de colza antes de comprar para verificar se elas não estão rançosas ou ardidas. Também devemos estar atentos ao fato das sementes conterem poeira. A poeira nas sementes é altamente prejudicial, causando sérios problemas respiratórios e até mesmo lesões nas vias respiratíorias. Para limpá-las podemos utilizar diversos métodos dos tipos;
Soprador de sementes eletrico
Utilizando peneiras
O azeite de girrasol, que na realidade não limpa, ele gruda as poeiras.
Na pasta de Utensílios utilizados tenho uma limpadora de sementes feita artesanalmente.
Requisito principal para as sementes servidas aos canários, Jamais devem ser servidas sujas. O termo sujeira genéricamente esta ligado a poeira, cavacos, cascas e farelos finos.
Algumas das principais sementes fornecidas para alimentação dos canários e informações adicionais;
ALPISTE: A semente mais completa e equilibrada para alimentação dos canários. Reduz os níveis de colesterol e os riscos de doenças coronárias. Como é diurético funciona em casos de cistites, abundância de substâncias nitrogenadas no sangue, ácido úrico, gota, hipertensão arterial, edemas, sobrepeso acompanhado de retenção de líquidos, gastrites e úlcera do estômago.
Proteína 16,6 % Carboidratos 49 % Gordura 6,4%
AVEIA DESCASCADA: Reduz os níveis de colesterol e os riscos de doenças coronárias. Diminuição da absorção de glicose e existem também evidências de que as beta-glucanas agem como protetores ao desenvolvimento de câncer de cólon. Um fator negativo da aveia é que causa um tufo de fezes secas mas penas próximas da cloaca da ave.
Proteína 11,3 % Carboidratos 68,4 % Gordura 8,7%
COLZA: Ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide, músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono e vitaminas.
Proteína 23% Carboidratos 11 % Gordura 43%
LINHAÇA: Rica em Omega 3 e melhora o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão. Também acentua o brilho nas plumagens das aves.
Proteína 24,2% Carboidratos 25 % Gordura 36%
NABÃO: Beneficia o canto da ave é uma semente macia e bem oleosa, rica em gordura e hidratos de carbono.
Proteína 20,7% Carboidratos 5,7 % Gordura 40,2%
NÍGER: Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na época de criação, mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um bom fortificante das matérias corantes dos canários. Grão rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas.
Proteína 23% Carboidratos 17 % Gordura 40%
PAINÇO: Sementes que contem importantes nutrientes, entre eles o manganês, magnésio, fósforo e de triptofano. Ele tem quase tanta proteína quanto o trigo, mas não contém glúten, e por isso é uma ótima alternativa para os celíacos. Por seu baixo teor de gordura, tem poucas calorias e fácil digestão. O painço possui alto teor de magnésio, que colabora na redução da pressão arterial e redução do risco de infartos. O magnésio está relacionado com a secreção de insulina e melhor uso de glicose. Além de boa fonte de magnésio o painço é boa fonte de fibras. As fibras auxiliam no controle da absorção da glicose e por isso, protegem contra a diabetes.Os alimentos fontes de fósforo, como o painço, são importantes para ossos fortes e resistentes. Os criadores de Pintasilgos dizem que o painço é responsável pela boa coloração amarela da plumagem destas aves.
Proteína 12,5% Carboidratos 32,8 % Gordura 3,5%
O painço - semente desprezada por muitos criadores
PAINÇO PRETO: Semente de tamanho e polpa maior que o painço branco e com propriedades nutricionais semelhantes , porem a sua casca é mais dura , não sendo partida pelos bicos dos canários. Utilizo esta semente moida no liquidificador, misturadas com as outras sementes pretas e aveia descascada no período dos filhotes.
Painço Preto - excelente na época de criação
PERILA BRANCA: Importante na promoção de um canto e plumagem. Auxilia a muda de penas e é promotor da fertilidade. Sua ação anti inflamatória torna o produto um excelente protetor contra danos nas mucosas, principalmente dos intestinos.
Proteína 23% Carboidratos 11 % Gordura 43%
Utilizo as sementes de duas formas durante o ano. No verão é servido as sementes misturadas e no inverno as sementes são servidas separadas na proporção abaixo;
50% de Alpiste
15% de Colza
15% de Niger
15% de Nabão
05% de Aveia descascada
A mistura de sementes não é uma forma muito econômica de servir a alimentação em grãos para os canários, pois ao buscar as sementes que eles mais gostam no pote, os canários acabam jogando muita semente fora. Por outro lado a mistura de sementes é uma forma do criador ganhar tempo no manejo. Uma forma de economizar as sementes é servir cada tipo de sementes em potes individualizados. Eu utilizo de Abril até o final dos acasalamentos em dezembro as sementes servidas em potes individuais e em janeiro até março no período de verão, eu utilizo as sementes misturadas.
Referente à ração extrusada;
Sei de todos os benefícios nutricionais que ela proporciona na criação, também nos livrando dos fungos, devido ao processo de cozimento e secagem que ela é submetida e da não liberação de poeira quando servida aos canários é uma ração extremamente limpa. Mas o lado negativo é que os canários não a aceitam com muita facilidade, para eles começarem a comer, eles teen que ficar com uma fome excessiva, aquelas que eles comem até a casca do alpiste. Como os canários são organicamente muito sensíveis a stress, eu prefiro não submetê-los a este martírio, alem da ração extrusada não contribuir em nada na coloração da ave, pelo contrário prejudica enormemente na coloração final. Experimente criar um canário amarelo com ração extrusada e outro canário com Alpiste + Painço + Sementes Negras. O canário criado com sementes a coloração amarela é muito melhor. Logo, o criador que optar por utilizar a ração extrusada, deverá obrigatoriamente adicionar pigmentante amarelo na alimentação dos seus canários.
Algumas das verduras fornecidas na alimentação dos canários e informações adicionais;
As verduras atuam como substâncias refrescantes e ricas em vitaminas ‘C’ e ácido fólico.
O caroteno contido nas verduras atuam como fator de melhoramento da cor nos canários lipocrômicos. Para os canários de cor que não irão para concurso, podem ser fornecido as verduras todos os dias. Para os canários lipocrômicos que irão a concurso, ficará a critério do criador verificar a situação da cor lipocrômica na atualidade. Se a cor lipocrômica do canário já estiver no ponto, deve ser suspenso o fornecimento de verdura da alimentação diária, caso contrário seguir fornecendo. Existem um grupo de criadores da linha de canários com fator, que não dão as verduras para os seus canários, porque dizem que a vitamina "C", dificulta a absorvição e a fixação do caroteno vermelho na plumagem. Não tenho nenhuma constatação a este respeito. Acho que a luteína contida na maioria das verduras nos ajuda muito a ressaltar o tom Amarelo limão (azulado) nos canários amarelos e tornam a plumagem dos canários vermelhos muito mais bonita, por que ressalta o fator de refração (azulado). A zeaxantina (cor alaranjada) contida no milho, na laranja e na gema do ovo, esta sim, eu acho prejudicial para os canários amarelos ou de fundo amarelo e para os vermelhos ou de fundo vermelho, pois os amarelos tendem para o dourado e os vermelhos ficam com o tom de cor de tijolo. Para as cores marfins a zeaxantina é benéfica, ressaltando os tons queimados.
Verduras servidas aos canários; Alface, Almeirão, Agrião, Couve, Espinafre, Radite, Repolho e Rúcula.
Alguns criadores não incluem as verduras na alimentação dos seus canários por acharem que as verduras causam a diarréia. Quando bem levadas e de boa procedência, não causam problema algum. A única diferença é que as fézes dos canários ficam mais aguadas, "fato que os levam a pensar que é diarréia", devido ao fato das folhas das verduras conterem muito líquido e o canário por natureza bebe muito pouca água durante o dia. Outro fato; é que as aves fisiológicamente não tem a função do suor, logo todo o excesso de líquido deve sai nas fézes.
Alem dos valores proteicos contidos nas verduras, ela também tem a função de hidratação dos filhotes e devido a este fato deve ser servida sempre bem molhada. Muitas vezes as mortes dos filhotes são provocados pela falta de líquido no organismo dos mesmos, ocasionando um processo de desidratação. Em resumo; Se tem filhote, Tem quer ter a verdura. A maça também tem a função de hidratação do organismo dos canários.
Abaixo imagem da minha hortinha que produz as verduras para os canários; rúcula o espinafre e almeirão.
As frutas; Eu ofereço somente a maçã para a alimentação dos canários. A maçã deve ser bem lavada e servida em pedaços sem a casca. Nunca deve ser servida gelada. Quando colocada no processador retire a casca, pois a casca possui muitas toxinas, se para os humanos já é prejudicial, imaginem para um ser de 10 a 20 gramas. Digo isto, pelo fato de ter morado em município produtor de maçãs e a quantidade de defensivos agrícolas aplicados até a colheita da fruta é muito grande. Sendo que a última aplicação do defencivo, acontece antes da fruta ser guardada nas camaras frias, onde a fruta não pode ser consumida antes de 10 dias. Quando vou comprar maçãs para os canários dou a preferência as maçãs pequenas, bem feinhas, aquelas que não teen valor comercial, acho que são as melhores.
Ovos Cozidos; Alimento de grande aceitação por parte dos canários e importantíssimo na fase de alimentação dos filhotes. Dentro da dieta alimentar atua como fonte de proteina animal. A sua principal proteina a Albumina é perdida no momento da fervura ovo. O ovo é composto de gema e clara. A gema contem 16% de proteina, 1% de carboidrato, 33% de gordura. Muitos criadores de canários com fator, não fornecem a gema de ovo na farinhada pelo fato da gema conter a zeaxantina como caroteno, que causa a cor alaranjada nos canários com fator. A clara do ovo que composta de água e ovoalbumina. A clara do ovo contem 11 de proteina, 1% de carboidrato, 1% de gordura. Para compensar a zeaxantina da gema, procuro servir para os canários os ovos do tipo jumbo, que é um ovo grande, composto basicamente por clara e a gema é bem pequena. O grande problema para quem utiliza o ovo cozido na alimentação de canários é que ele facilmente se deteriora, tornando-se um meio de cultura para bactérias nocivas para os canários. A qualidade dos ovos servidos para as aves é muito importante. Podemos selecioná-los da seguinte forma;
Não pode estar com rachaduras.
Mau cheiro ou sujo.
Após cozimento casca presa na clara, significa ovo velho.
Não utilizar ovos que tenham mau cheiro no cozimento.
Não utilizar ovos quando a gema cozida for pastosa.
Quando colocados imerso na água os ovos sadios devem ficar no fundo da vasilha e na horizontal. Se ficar no fundo mas com a ponta do ovo para cima, significa que já tem de 2 a 3 semanas. Os que flutuarem devem ser descartados.
Farinhada; A farinhada eu forneço o ano todo, variando a quantidade e a freqüência conforme o período do ano. Para as matrizes mais velhas de dois em dois dias de janeiro a abril, nos demais períodos todos os dias e para os filhotes do ano, todos os dias, reduzindo a quantidade nos dias quentes. A farinhada deve oferecer na sua composição total mais de 23% de proteínas.
Uma alerta; Não deve ser trocada a farinhada em época de produção de filhotes e o pigmentante para os canários de cor deve ser adquirido para toda estação para evitar as manchas na coloração das penas, pois cada partida de cantaxantina produzida nunca são iguais.
Para os canários amarelos quando a farinhada possuir ovos liofilizados, verificar o grau de caroteno contido na gema liofilizada da farinhada, por que as granjas produtoras de ovos, além de produzirem ovos com ômega 3 também estão colocando sustâncias para avermelhar a gema do ovo. Digo isto por que, este fato ocorreu comigo e também com outros criadores do Estado do RS e a farinhada é uma das melhores produzidas no país.
Composição da minha farinhada;
6 ovos sem a casca passados na centrífuga.
400 gramas de farinhada da farinatta sem ovos adicionais.
4 colheres de sopa de arroz cozido com duas colheres de sobremesa de açúcar e uma de mel glicosado, passados na centrifuga.
Para os canários amarelos misturo todos os componentes acima e sirvo para eles.
Para os canários vermelhos, misturo o arroz e os ovos centrifugados e adiciono o carofhil, 4 gramas por kg e após adiciono, meio a meio da farinhada farinatta e farinha para canários com fator, misturo tudo e sirvo para os canários. Tem que ficar levemente úmida, caso fique muito seca adicione um pouco de água até ficar no ponto certo. Nos dias mais úmidos deixo a farinhada mais seca e nos dias quentes deixo a farinhada mais úmida.
Composição;
Ovos, verduras diversas picadas, arroz al dente triturado, maçã ralada e farinhada sem corante para os amarelos e com corante para os vermelhos.
Farinhada pronta deve ser bem soltinha e levemente úmida
Farinhada caseira;
Ovos cozidos esmagados + duas vezes o volume dos ovos de; (farelo de pão torrado + farelo de bolacha maria).
Pode ser acrescido germe de trigo a esta farinhada. Misturar tudo e servir levemente úmida.
Nota: Na criação de 2010, passei a utilizar a papa para filhotes industrializada, acrescida de ovos cozidos passados na centrífuga. Estas mistura ou farinhada era fornecida até o anilhamento e após seguia fornecendo a minha farinhada normal. A diferença é muito boa, tanto no desenvolvimento corpóreo quantos na plumagem. Este procedimento é um pouco mais caro que o tradicional, mas vale a pena.
Alimentação manual dos filhotes
O criador que optar por ministrar o reforço de alimentação manual com a utilização da papa para filhote, deve ter alguns cuidados especiais para executar esta tarefa, que a princípio parece ser fácil, mas na realidade não é.
Para servir este reforço alimentar, utilizamos a famosa papinha para filhotes ou a papa como é popularmente conhecida. A papa pode ser feita de forma caseira ou comprada nas lojas de produtos animais na forma industrializada. A papa caseira pode ser feita com bolacha doce à base de leite e maisena (“Maria”) e acrescida de gema de ovo cozida, vitaminas e água filtrada. Esta papa deve ter os seus componentes triturados o máximo possível, devendo ficar uma pasta homogênea, sem pedaços e levemente mole a ponto de não escorrer no bico do filhote. A papa industrializada para filhotes já vem pronta e é só adicionar água filtrada. Também devemos ter o cuidado de não deixá-la mole demais.
Para servir a papa para os filhotes, podemos utilizar o injetor de papa para filhotes, que é um aparelho semelhante ao aparelho de injeção de medicamentos, tendo o bico injetor, maior e mais largo. A papa é colocada em um reservatório do injetor e para alimentar o filhote devemos enfiar o bico injetor dentro da garganta e chegando até o papo do filhote. Para alimentar devemos pressionar o embolo do injetor, para que o alimento seja liberado dentro do papo. O inconveniente deste sistema é que requer um pouco de prática na aplicação, pois quando injetamos a alimentação também injetamos uma pequena quantidade de ar , que deixa o papo inchado. Este ar deve ser retirado com a utilização do próprio aparelho.
Injetor de Papa para filhotes
Também podemos servir a papa do modo tradicional, onde a mesma é servida com a utilização de uma pequena espátula feita de madeira ou plástico, onde devemos pegar pequenas quantidades de papa na ponta da espátula e colocá-la cuidadosamente dentro da boca do filhote. Neste processo devemos ter o cuidado para não deixar que a papa escorra ou caia por descuido em cima das narinas, pois a mesma pode ser inspirada para dentro das fossas nasais do filhote, fato que poderia causar infecção no seio da face. Por este motivo salientamos que a papa não pode ser servida muito mole. As infecções dos seios nasais causadas por penetração de restos de alimentação no interior das narinas são comuns para os criadores que utilizam este método. A inspiração de alimentos pelas narinas causam processos infecciosos que ocasionam a deformação do bico e comessura do bico, parte interna das bochechas e em muitos casos ocorrendo a morte do filhote.
Após alimentar o filhote devemos limpar o bico do filhote com papel macio ou cotonete e colocar o ninho com os filhotes de volta para a gaiola.
A operação de servir a comida de maneira manual deve ser feita em local que tenha uma boa temperatura, pois a temperatura servirá de fator de estímulo para que o filhote solicite a alimentação e também para não prejudicar a sua saúde, pois nesta fase os filhotes precisam de muito do calor para se desenvolver.
Se possível devemos desinfetar a espátula de servir a papa a cada filhote alimentado.
Não devemos exceder na quantidade de comida fornecida para os filhotes. Devemos sempre pensar que é apenas um reforço alimentar. Lembre-se de que o filhote não tem limite para comer, se deixar ele come até estourar o papo.
Minerais;
O Carvão Vegetal, Farelo de Ostra e Areia são extremamentes importantes para a saúde dos canários, auxiliando na digestão e como fonte de cálcio para os ossos.
AS VITAMINAS
O que são vitaminas?
Vitaminas são grupos de compostos orgânicos necessários apenas em quantidades mínimas na dieta, mas essenciais para reações metabólicas específicas do interior da célula e necessárias para o crescimento normal e para a manutenção da saúde. Várias delas agem como coenzimas ou como um grupo de enzimas responsáveis pela promoção de reações químicas essenciais.
Classificação
AS vitaminas podem ser classificadas em : Vitamina A , B , C , D , E , H , K
Importância de cada vitamina
Vitamina A
É derivado de um pigmento vegetal, o caroteno, que dá cor à abóbora e à cenoura. O caroteno é uma provitamina que se transforma em nosso fígado, em vitamina A ,essa é solúvel na gordura. Isto significa que para que seja absorvida pelo organismo ela necessita de gorduras e óleos. Essa vitamina ajuda a manter o bom funcionamento das células epiteliais da pele e das mucosas que revestem o sistema digestivo e o respiratório. A vitamina A apresenta-se em duas formas principais que são denominadas vitamina A1 e A2. A vitamina A1 é a principal forma em que a vitamina A se apresenta. O transretinol e o transretinal apresentam a mesma atividade biológica. O ácido retinóico, com exceção da visão e da reprodução, ele desempenha todas as outras funções da vitamina A. Com relação à visão, observa-se que a suplementação de ácido retinóico, como fonte única de vitamina A, com o passar do tempo conduz as aves à cegueira. Com relação à reprodução, sem um nível adequado de vitamina conduz à má formação dos embriões. A vitamina A2 ocorre em peixe de água doce. A sua atividade biológica é de 40% da atividade biológica do transretinol.
Complexo B
O complexo B abrange várias vitaminas que receberam letra B. Elas ocorrem juntas em vários alimentos, principalmente na casca dos grãos de cereais, no feijão, na gema de ovo e na carne.
Vitamina B1
A vitamina B1 é essencial para as transformações que os carboidratos sofrem no interior das células. Alimentos ricos em vitamina B1: germe e casca de cereais, amendoim gema de ovo, leite e carne.
Comercialmente a vitamina B1 é encontrada principalmente na forma de cloridrato de tiamina.
Testes com animais, com alimentação sem vitamina B1, mostrou que a falta dessa vitamina caracteriza-se por fraqueza, ataxia progressiva, paraplegia espástica e hiperestesia. A semelhança entre lesões do sistema nervoso no caso da paralisia da raposa e as lesões observadas no síndrome de Wernicke, no homem, leva a crer que esta síndrome é em parte atribuível à deficiência da vitamina B1.
Vitamina B2
O complexo B2 inclui várias vitaminas, entre as quais a riboflavina e o ácido nicotínico. Eles são importantes para o bom funcionamento e a regeneração das mucosas e da pele. São fontes particularmente ricas em riboflavina: fígado, rim e leite. O ácido nicotínico pode ser encontrado em verduras, no fígado e na gema de ovo.
Encontra-se presente em quase todas as células vivas.
Uma das mais importantes propriedades, é a de poder facilmente sofrer reações de oxidação e de redução. Ao oxidar-se, a cor amarelada característica da vitamina desaparece e em razão deste fato a vitamina B2 reduzida é incolor. Quando exposta ao ar, oxida-se retornando à sua coloração amarela.
Nas reações de redução, a vitamina B2 sofre um rearranjo de sua molécula e os átomos de hidrogênio ligam-se aos átomos de nitrogênio.
A vitamina B2 é também integrante da D-aminoácido oxidase que atua na oxidação dos aminoácidos no fígado e nos rins e da xantina oxidase que está vinculada ao metabolismo final das purinas.
Vitamina B6
A vitamina B6, também denominada piridoxina, permite a regeneração do sangue após hemorragias. São fontes de piridoxina o leite, o fígado e os cereais.
Comercialmente o principal produto que existe para ser usado como vitamina B6 é o cloridrato de piridoxina.
Vitamina B12
A vitamina B12 é importante na produção dos glóbulos vermelhos do sangue e também influi no crescimento do indivíduo. Alimentos ricos em vitamina B12: peixes, ostras, gema de ovo e carne.
A vitamina B12 é formada de dois componentes característicos. O primeiro apresenta uma estrutura semelhante aos nucleotídios.
O segundo componente que é a parte mais característica da molécula de vitamina B12 é um sistema cíclico da corrina, que se assemelha às porfirinas.
Vitamina C
A vitamina C é necessária para manter normais as paredes dos vasos sangüíneos. As frutas cítricas, as verduras, o tomate e a cebola são ricos em vitamina C. Existem diversas substâncias que apresentam atividade em vitamina C, das quais a mais importante é o ácido L-ascórbico. O ácido ascórbico é sintetizado por um grande número de plantas e por todos os mamíferos conhecidos, exceto os primatas e o porquinho-da-índia.
Vitamina D
A vitamina D é também conhecida como vitamina anti-raquítica, pois controla o aproveitamento do fósforo e do cálcio, importantes para o perfeito desenvolvimento dos ossos e dos dentes. Mesmo quando se ingerem alimentos que contenham fósforo e cálcio, essas substâncias não se fixam nos ossos quando há deficiência de vitamina D.
Nosso organismo pode aproveitar diretamente a vitamina D proveniente de certos alimentos ou sintetizá-la nas células de nossa pele a partir de uma provitamina: o ergosterol. Em presença dos raios ultravioleta do Sol, o ergosterol transforma-se em vitamina D. Alimentos ricos em vitamina D: óleo de fígado de bacalhau e atum.
A vitamina D é destruída pela ação da luz, especialmente a luz ultravioleta, pela presença de peróxidos provenientes da oxidação dos ácidos graxos insaturados. Esta destruição é aumentada pela presença de minerais.
A adição de vitamina E ou de outro antioxidante previne a destruição oxidativa da vitamina D.
O cálcio absorvido cai na corrente sangüínea na forma iônica.
Vitamina E
A vitamina E é também conhecida como vitamina antiesterilidade. Alimentos ricos em vitamina D: alface, ervilhas, mel, óleo de germe de trigo e de outros cereais.
Vitamina K
A vitamina K é conhecida como vitamina anti-hemorrágica, pois favorece a formação de substâncias importantes para a coagulação do sangue. Alimentos ricos em vitamina K: alfafa, espinafre, couve-flor e repolho.
A obstrução do canal biliar, as doenças hepáticas ou a interrupção da produção de sais biliares por drogas, como a colestiramina, afetam a absorção das vitaminas lipossolúveis, e desta a vitamina K é a mais afetada. Sinais de deficiência de vitamina K podem aparecer, as quais podem ser prontamente corrigidos pela administração de sais biliares e de provável competição com as outras vitaminas lipossolúveis pelos sistemas de absorção e de transporte.
Avitaminoses
Avitaminose da vitamina A
A deficiência de vitamina A no homem pode ser devida a um baixo nível dietético, à interferência que ocorre na absorção e armazenamento de vitamina A, a problemas na conversão do caroteno em vitamina A. Interferência na absorção e armazenamento da vitamina A têm sido observados em estados patológicos como o "spru", fibrose cística do pâncreas, colites ulcerativas, obstrução do ducto biliar e na cirrose hepática, etc... Os indivíduos com "diabete mellitus" e com hipotireoidismo apresentam problemas de conversão do caroteno em vitamina A. Perdas de vitamina A do sangue em crianças ocorrem durante certas infecções, principalmente nos casos de pneumonia, febre escarlate e infecções respiratórias. A manifestação clínica da deficiência de vitamina A no homem caracteriza-se por um retardamento no crescimento, e um abaixamento na resistência a infecções, principalmente a resfriados e infecções dos sínus(sinusites), sendo neste particular muito mais eficiente que a vitamina C. Outros problemas carenciais, devido à falta de vitamina A, são: falta de adaptação ao escuro que progride até a cegueira noturna total(hemoralopia), xeroftalmia que se caracteriza pela instalação de uma infecção secundária na mucosa visual queratinizada e por lesões típicas da pele. A deterioração da retina na cegueira noturna pode também levar a mudanças da sensibilidade da retina à luz colorida, e a visão do azul e do amarelo pode ser diminuída ou invertida
Avitaminose da vitamina B1
A deficiência de vitamina B1 no homem produz o beribéri. O beribéri no homem é um estágio avançado de deficiência de vitamina B1 e se caracteriza por alterações do sistema nervoso periférico causado pelo acúmulo de ácido pirúvico. Hoje se conhecem duas formas bem definidas de beribéri. O beribéri seco (dry beri-beri), que se caracteriza por um maior desgaste muscular, perda de sensibilidade da pele, paralisia que começa nas pernas, estendendo-se posteriormente a outras partes do corpo. O beribéri úmido (wet beri-beri) que se caracteriza pelo aparecimento de edemas nos braços, nas pernas e no tronco, em estágio mais avançado o coração aumenta de volume e às vezes ocorre a morte do indivíduo por falhas cardíacas.
Avitaminose da vitamina B2
A falta de vitamina B2 na ração de pintos pode causar o aparecimento de diarréias, retardamento do crescimento ou o aparecimento de uma paralisia das patas conhecida como paralisia dos "dedos curvados". Esta doença caracteriza-se por aparecer subitamente, e os animais caminham sobe seus tarsos com os dedos de sua patas curvados para dentro.
A doença ocorre em duas etapas: uma preliminar em que os sintomas são reversíveis com a administração de vitamina B2 e outra aguda em que as lesões causadas pela deficiência são irreversíveis.
Nos casos graves os nervos brônquios e o ciático hipertrofiam-se, chegando algumas vezes a aumentar 4 – 6 vezes seu diâmetro normal.
Os sintomas de deficiência de vitamina B2 em galinhas são: decréscimo na produção de ovos, aumento na mortalidade embrionária e aumento no tamanho do fígado e no seu conteúdo de gordura.
Avitaminose da vitamina B6
Os pintos alimentados com ração deficiente em vitamina B6 apresentam perda de apetite, redução na taxa de crescimento e sintomas nervosos característicos. Alguns pintos mostram-se excitados, apresentando, depois de algum tempo, movimentos convulsivos bruscos. Os pintos saem subitamente correndo sem rumo, às vezes batendo as asas mantendo a cabeça baixa. Os pintos podem também sofrer convulsões durante os quais se deitam sobre o peito, levantando as patas do chão ou do piso e batendo as asas. Os pintos podem cair para o lado, ficando de costas e agitando as pernas no ar.
As deficiências de vitamina B6 nas aves adultas caracteriza-se por perda de apetite, o que consequentemente leva à perda de peso do animal. A produção de ovos é reduzida acentuadamente, ocorrendo o mesmo com a ecodibilidade dos ovos. Todos estes sintomas tornam-se mais graves com o tempo, resultando na morte dos animais.
Avitaminose da vitamina B12
Os sintomas de deficiência de vitamina B12 são crescimento retardado, decréscimo na eficiência de utilização dos alimentos, alta mortalidade e redução na fertilidade dos ovos. "Perose" pode ocorrer em pintos e perus que recebem ração deficiente dessa vitamina. A adição de vitamina B12, nestas condições, pode prevenir a "perose".
Existe uma acentuada transferência de vitamina B12 da galinha aos pintos, e pode ocorrer uma alta mortalidade dos pintos, quando ovos incubados provêm de aves deficientes em vitamina B12.
Avitaminose da vitamina C
Devido a não sintetizar o ácido ascórbico por problemas genéticos, o homem necessita de ingestão constante de vitamina C. A deficiência de vitamina C causa o "escorbuto". Os sintomas patológicos do escorbuto limitam-se quase que exclusivamente aos tecidos de suporte de origem mesenquimal (ossos, dentina, cartilagens e tecido conjuntivo). Isto provavelmente ocorre devido à falta de hidroxilação dos aminoácidos aromáticos. O escorbuto nos adultos caracteriza-se por: ulcerações, gengivas inchadas, afrouxamento dos dentes, modificação na integridade dos capilares, anorexia, anemia. As crianças alimentadas com sudedâneos do leite materno sem suplementação adequada com fontes vegetais de vitamina C tornam-se suceptíveis ao "escorbuto infantil". Este estado carencial caracteriza-se por fraqueza, juntas inchadas, dificuldade de movimentação, manchas hemorrágicas, feridas difíceis de curar e anemia. Exceto a anemia, todos os outros sintomas são devidos a problemas na formação dos colágenos e de condriona sulfato. A anemia deve-se a uma dificuldade do indivíduo em usar o ferro armazenado. É aventado também que a vitamina C tem um papel importante na prevenção de gripes e resfriados, por participar da síntese da condroitina sulfato. Embora tendo este papel na proteção das mucosas, a vitamina C é menos eficiente que a vitamina A no controle de gripes e resfriados.
Avitaminose da vitamina D
A deficiência de vitamina D em aves produz raquitismo, cujos sintomas aparecem entre a 2A e 3A. semana de idade dos animais. O bico e as unhas tornam-se moles e dobráveis. As pernas tornam-se fracas e os pintos apresentam tendência de não caminhar e, se caminham, o fazem com dificuldade, balanceando o corpo, o que indica falta de equilíbrio do animal. Este enfraquecimento das pernas deve-se a uma alteração nos processos de absorção e de retenção de cálcio, o que resulta num desenvolvimento anormal do tecido ósseo. O desenvolvimento anormal dos ossos se observa com facilidade nas patas e nas uniões endocondriais existentes nos lados do peito. A coluna vertebral curva-se para baixo na região sacral e coccigiana. O esterno apresenta curvamento e depressões laterais. Estas modificações reduzem o tamanho do tórax, produzindo como conseqüência uma compressão dos órgãos vitais.
Um dos sintomas mais característicos de deficiência de vitamina D é o aparecimento de nódulos nas costelas, principalmente nos pontos de união das costelas com a coluna vertebral.
Os sintomas de deficiência de vitamina D em poedeiras confinadas começa 2 a 3 meses após os animais terem começado a ingerir ração deficiente em vitamina D. O primeiro sintoma da deficiência da vitamina D manifesta-se por um aumento do número de ovos de casca fina ou sem cascas, seguido por um decréscimo da produção de ovos. A incubabilidade é reduzida acentuadamente.
Avitaminose da vitamina E
A deficiência de vitamina E em pintos é responsável pelo aparecimento de três doenças carenciais que são: encefalomalácia, diástase exsudativa e distrofia muscular.
A encefalomalácia ocorre normalmente nas explorações avícolas e está diretamente ligada a rações com baixo nível de vitamina E e que apresentam um alto teor de ácido insaturado. Caracteriza-se este problema carencial por uma ataxia resultante de hemorragia e edemas do cerebelo; algumas vezes até o próprio cérebro do animal é atacado.
Os pintos atacados mostram-se com as patas abertas e os dedos encolhidos. A cabeça retrai-se para dentro e em alguns casos encontra-se torcida lateralmente e seus movimentos são sem coordenação.
Na diástase exsudativa, os capilares tornam-se permeáveis e este aumento da permeabilidade conduz à formação de edemas. O conteúdo destes edemas apresenta um comportamento eletroforético semelhante ao plasma sangüíneo, indicando que proteínas do sangue passam para estes edemas.
Avitaminose da vitamina K
A deficiência de vitamina K no homem resulta numa redução do nível de protrombina do sangue em conseqüência ocorre um retardamento no tempo de coagulação do sangue. Em conseqüência deste retardamento, o indivíduo está sujeito a sofrer sérias hemorragias.
Fontes das vitaminas
Vitamina A
Vegetais amarelos ( cenoura, abóbora, batata doce, milho ), pêssego, nectarina, abricó, gema de ovo, manteiga, fígado.
Vitamina B1
Cereais na forma integral e pães , feijão, fígado, carne de porco, ovos , fermento de padaria , vegetais de folhas.
Vitamina B2
Vegetais de folhas ( couve, repolho, espinafre ) , carnes ,ovos , fígado, leite, fermento de padaria.
Vitamina B6
Levedo de cerveja, carnes magras, peixes.
Vitamina C
Frutas cítricas, tomate, vegetais de folha, pimentão.
Vitamina D*
Óleo de fígado de bacalhau, fígado, gema de ovo.
* A vitamina D não é encontrada pronta na maioria dos alimentos; estes contêm, em geral, um precursor que se transforma na vitamina quando exposto aos raios ultravioleta da luz solar
Vitamina E
Óleo de germe de trigo, carnes magras, laticínios, alface, óleo de amendoim.
Vitamina K
Vegetais verdes, tomate, castanha.
A utilização da água no canaril.
Devido à qualidade da água da minha região ser muito boa , optei por servir a água da torneira para os meus canários, que é a mesma utilizada pela minha família. Tenho alguns cuidados para servi-la.
Os bebedouros de água que utilizo são de plástico translúcido com capacidade de 120 ml. Utilizo o sistema de rodízio dos bebedouros de água, onde todos os bebedouros são retirados das gaiolas e esvaziados e colocados de molho na água com clorofina por 1 dia. Os bebedouros limpos de reserva são abastecidos com água da torneira e colocados nas gaiolas.
Não utilizo a água logo após períodos de desabastecimentos. Espero algumas horas antes de servi-la aos canários.
A água servida nos bebedouros não passa por reservatório, vem direto da rede pluvial. Tenho receio de utilizar a água que vem do reservatório, pois muitas vezes nos esquecemos das limpezas periódicas, podendo esta água conter algum tipo de micro organismo que possam causar danos à saúde dos canários.
A água deve ser servida direto da torneira em cada bebedouro. Jamais utilizo qualquer tipo de recipiente comunitário para distribuir a água nos bebedouros. Acho que é uma forma de socializar as doenças. O correto é cada gaiola ter o seu bebedouro fixo.
Quando noto qualquer turbidêz na água ou cheiro forte, deixo passar algumas horas até que a qualidade da água volte ao normal.
A água dos bebedouros deve ser trocada todos os dias nos períodos quentes e nos períodos frios a cada dois dias. Devemos marcar as gaiolas dos canários que regurgitam os alimentos nos bebedouros, para estes canários devemos limpar o bebedouro e trocar a água todos os dias.
Se optar por servir a água utilizando o sistema de conta gotas ao invez de utilizar os bebedouros, verifique se os canários se adaptarão a este sistema, pois alguns canários não conseguem beber a água nos conta gotas.
Gotejador de água para canários
Cuidados que devemos ter na aquisição das sementes
Referentes as sementes temos que estar atentos, pois elas não acusam ou raramente acusam vizualmente os seus problemas. Por exemplo, o alpiste pode estar muito bonito, limpo, mas o grão pode esta muito duro. Os canários quando não estão acostumados com este grão mais duro, são acometidos de problemas digestivos. As sementes quando mal acondicionadas podem conter fungos e outros agentes que podem causar danos a saúde dos nossos canários. Compre sempre as sementes de empresas que prezem pela qualidade dos seus produtos. Quando comprar as sementes dê a preferência a sementes em pacotes fechados, evite de comprar sementes avulsas. Eu tenho como costume de mastigar uma pouco de aveia descascada e um pouco de colza antes de comprar para verificar se elas não estão rançosas ou ardidas. Também devemos estar atentos ao fato das sementes conterem poeira. A poeira nas sementes é altamente prejudicial, causando sérios problemas respiratórios e até mesmo lesões nas vias respiratíorias. Para limpá-las podemos utilizar diversos métodos dos tipos;
Soprador de sementes eletrico
Utilizando peneiras
O azeite de girrasol, que na realidade não limpa, ele gruda as poeiras.
Na pasta de Utensílios utilizados tenho uma limpadora de sementes feita artesanalmente.
Requisito principal para as sementes servidas aos canários, Jamais devem ser servidas sujas. O termo sujeira genéricamente esta ligado a poeira, cavacos, cascas e farelos finos.
Algumas das principais sementes fornecidas para alimentação dos canários e informações adicionais;
ALPISTE: A semente mais completa e equilibrada para alimentação dos canários. Reduz os níveis de colesterol e os riscos de doenças coronárias. Como é diurético funciona em casos de cistites, abundância de substâncias nitrogenadas no sangue, ácido úrico, gota, hipertensão arterial, edemas, sobrepeso acompanhado de retenção de líquidos, gastrites e úlcera do estômago.
Proteína 16,6 % Carboidratos 49 % Gordura 6,4%
AVEIA DESCASCADA: Reduz os níveis de colesterol e os riscos de doenças coronárias. Diminuição da absorção de glicose e existem também evidências de que as beta-glucanas agem como protetores ao desenvolvimento de câncer de cólon. Um fator negativo da aveia é que causa um tufo de fezes secas mas penas próximas da cloaca da ave.
Proteína 11,3 % Carboidratos 68,4 % Gordura 8,7%
COLZA: Ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide, músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono e vitaminas.
Proteína 23% Carboidratos 11 % Gordura 43%
LINHAÇA: Rica em Omega 3 e melhora o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão. Também acentua o brilho nas plumagens das aves.
Proteína 24,2% Carboidratos 25 % Gordura 36%
NABÃO: Beneficia o canto da ave é uma semente macia e bem oleosa, rica em gordura e hidratos de carbono.
Proteína 20,7% Carboidratos 5,7 % Gordura 40,2%
NÍGER: Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na época de criação, mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um bom fortificante das matérias corantes dos canários. Grão rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas.
Proteína 23% Carboidratos 17 % Gordura 40%
PAINÇO: Sementes que contem importantes nutrientes, entre eles o manganês, magnésio, fósforo e de triptofano. Ele tem quase tanta proteína quanto o trigo, mas não contém glúten, e por isso é uma ótima alternativa para os celíacos. Por seu baixo teor de gordura, tem poucas calorias e fácil digestão. O painço possui alto teor de magnésio, que colabora na redução da pressão arterial e redução do risco de infartos. O magnésio está relacionado com a secreção de insulina e melhor uso de glicose. Além de boa fonte de magnésio o painço é boa fonte de fibras. As fibras auxiliam no controle da absorção da glicose e por isso, protegem contra a diabetes.Os alimentos fontes de fósforo, como o painço, são importantes para ossos fortes e resistentes. Os criadores de Pintasilgos dizem que o painço é responsável pela boa coloração amarela da plumagem destas aves.
Proteína 12,5% Carboidratos 32,8 % Gordura 3,5%
O painço - semente desprezada por muitos criadores
PAINÇO PRETO: Semente de tamanho e polpa maior que o painço branco e com propriedades nutricionais semelhantes , porem a sua casca é mais dura , não sendo partida pelos bicos dos canários. Utilizo esta semente moida no liquidificador, misturadas com as outras sementes pretas e aveia descascada no período dos filhotes.
Painço Preto - excelente na época de criação
PERILA BRANCA: Importante na promoção de um canto e plumagem. Auxilia a muda de penas e é promotor da fertilidade. Sua ação anti inflamatória torna o produto um excelente protetor contra danos nas mucosas, principalmente dos intestinos.
Proteína 23% Carboidratos 11 % Gordura 43%
Utilizo as sementes de duas formas durante o ano. No verão é servido as sementes misturadas e no inverno as sementes são servidas separadas na proporção abaixo;
50% de Alpiste
15% de Colza
15% de Niger
15% de Nabão
05% de Aveia descascada
A mistura de sementes não é uma forma muito econômica de servir a alimentação em grãos para os canários, pois ao buscar as sementes que eles mais gostam no pote, os canários acabam jogando muita semente fora. Por outro lado a mistura de sementes é uma forma do criador ganhar tempo no manejo. Uma forma de economizar as sementes é servir cada tipo de sementes em potes individualizados. Eu utilizo de Abril até o final dos acasalamentos em dezembro as sementes servidas em potes individuais e em janeiro até março no período de verão, eu utilizo as sementes misturadas.
Referente à ração extrusada;
Sei de todos os benefícios nutricionais que ela proporciona na criação, também nos livrando dos fungos, devido ao processo de cozimento e secagem que ela é submetida e da não liberação de poeira quando servida aos canários é uma ração extremamente limpa. Mas o lado negativo é que os canários não a aceitam com muita facilidade, para eles começarem a comer, eles teen que ficar com uma fome excessiva, aquelas que eles comem até a casca do alpiste. Como os canários são organicamente muito sensíveis a stress, eu prefiro não submetê-los a este martírio, alem da ração extrusada não contribuir em nada na coloração da ave, pelo contrário prejudica enormemente na coloração final. Experimente criar um canário amarelo com ração extrusada e outro canário com Alpiste + Painço + Sementes Negras. O canário criado com sementes a coloração amarela é muito melhor. Logo, o criador que optar por utilizar a ração extrusada, deverá obrigatoriamente adicionar pigmentante amarelo na alimentação dos seus canários.
Algumas das verduras fornecidas na alimentação dos canários e informações adicionais;
As verduras atuam como substâncias refrescantes e ricas em vitaminas ‘C’ e ácido fólico.
O caroteno contido nas verduras atuam como fator de melhoramento da cor nos canários lipocrômicos. Para os canários de cor que não irão para concurso, podem ser fornecido as verduras todos os dias. Para os canários lipocrômicos que irão a concurso, ficará a critério do criador verificar a situação da cor lipocrômica na atualidade. Se a cor lipocrômica do canário já estiver no ponto, deve ser suspenso o fornecimento de verdura da alimentação diária, caso contrário seguir fornecendo. Existem um grupo de criadores da linha de canários com fator, que não dão as verduras para os seus canários, porque dizem que a vitamina "C", dificulta a absorvição e a fixação do caroteno vermelho na plumagem. Não tenho nenhuma constatação a este respeito. Acho que a luteína contida na maioria das verduras nos ajuda muito a ressaltar o tom Amarelo limão (azulado) nos canários amarelos e tornam a plumagem dos canários vermelhos muito mais bonita, por que ressalta o fator de refração (azulado). A zeaxantina (cor alaranjada) contida no milho, na laranja e na gema do ovo, esta sim, eu acho prejudicial para os canários amarelos ou de fundo amarelo e para os vermelhos ou de fundo vermelho, pois os amarelos tendem para o dourado e os vermelhos ficam com o tom de cor de tijolo. Para as cores marfins a zeaxantina é benéfica, ressaltando os tons queimados.
Verduras servidas aos canários; Alface, Almeirão, Agrião, Couve, Espinafre, Radite, Repolho e Rúcula.
Alguns criadores não incluem as verduras na alimentação dos seus canários por acharem que as verduras causam a diarréia. Quando bem levadas e de boa procedência, não causam problema algum. A única diferença é que as fézes dos canários ficam mais aguadas, "fato que os levam a pensar que é diarréia", devido ao fato das folhas das verduras conterem muito líquido e o canário por natureza bebe muito pouca água durante o dia. Outro fato; é que as aves fisiológicamente não tem a função do suor, logo todo o excesso de líquido deve sai nas fézes.
Alem dos valores proteicos contidos nas verduras, ela também tem a função de hidratação dos filhotes e devido a este fato deve ser servida sempre bem molhada. Muitas vezes as mortes dos filhotes são provocados pela falta de líquido no organismo dos mesmos, ocasionando um processo de desidratação. Em resumo; Se tem filhote, Tem quer ter a verdura. A maça também tem a função de hidratação do organismo dos canários.
Abaixo imagem da minha hortinha que produz as verduras para os canários; rúcula o espinafre e almeirão.
As frutas; Eu ofereço somente a maçã para a alimentação dos canários. A maçã deve ser bem lavada e servida em pedaços sem a casca. Nunca deve ser servida gelada. Quando colocada no processador retire a casca, pois a casca possui muitas toxinas, se para os humanos já é prejudicial, imaginem para um ser de 10 a 20 gramas. Digo isto, pelo fato de ter morado em município produtor de maçãs e a quantidade de defensivos agrícolas aplicados até a colheita da fruta é muito grande. Sendo que a última aplicação do defencivo, acontece antes da fruta ser guardada nas camaras frias, onde a fruta não pode ser consumida antes de 10 dias. Quando vou comprar maçãs para os canários dou a preferência as maçãs pequenas, bem feinhas, aquelas que não teen valor comercial, acho que são as melhores.
Ovos Cozidos; Alimento de grande aceitação por parte dos canários e importantíssimo na fase de alimentação dos filhotes. Dentro da dieta alimentar atua como fonte de proteina animal. A sua principal proteina a Albumina é perdida no momento da fervura ovo. O ovo é composto de gema e clara. A gema contem 16% de proteina, 1% de carboidrato, 33% de gordura. Muitos criadores de canários com fator, não fornecem a gema de ovo na farinhada pelo fato da gema conter a zeaxantina como caroteno, que causa a cor alaranjada nos canários com fator. A clara do ovo que composta de água e ovoalbumina. A clara do ovo contem 11 de proteina, 1% de carboidrato, 1% de gordura. Para compensar a zeaxantina da gema, procuro servir para os canários os ovos do tipo jumbo, que é um ovo grande, composto basicamente por clara e a gema é bem pequena. O grande problema para quem utiliza o ovo cozido na alimentação de canários é que ele facilmente se deteriora, tornando-se um meio de cultura para bactérias nocivas para os canários. A qualidade dos ovos servidos para as aves é muito importante. Podemos selecioná-los da seguinte forma;
Não pode estar com rachaduras.
Mau cheiro ou sujo.
Após cozimento casca presa na clara, significa ovo velho.
Não utilizar ovos que tenham mau cheiro no cozimento.
Não utilizar ovos quando a gema cozida for pastosa.
Quando colocados imerso na água os ovos sadios devem ficar no fundo da vasilha e na horizontal. Se ficar no fundo mas com a ponta do ovo para cima, significa que já tem de 2 a 3 semanas. Os que flutuarem devem ser descartados.
Farinhada; A farinhada eu forneço o ano todo, variando a quantidade e a freqüência conforme o período do ano. Para as matrizes mais velhas de dois em dois dias de janeiro a abril, nos demais períodos todos os dias e para os filhotes do ano, todos os dias, reduzindo a quantidade nos dias quentes. A farinhada deve oferecer na sua composição total mais de 23% de proteínas.
Uma alerta; Não deve ser trocada a farinhada em época de produção de filhotes e o pigmentante para os canários de cor deve ser adquirido para toda estação para evitar as manchas na coloração das penas, pois cada partida de cantaxantina produzida nunca são iguais.
Para os canários amarelos quando a farinhada possuir ovos liofilizados, verificar o grau de caroteno contido na gema liofilizada da farinhada, por que as granjas produtoras de ovos, além de produzirem ovos com ômega 3 também estão colocando sustâncias para avermelhar a gema do ovo. Digo isto por que, este fato ocorreu comigo e também com outros criadores do Estado do RS e a farinhada é uma das melhores produzidas no país.
Composição da minha farinhada;
6 ovos sem a casca passados na centrífuga.
400 gramas de farinhada da farinatta sem ovos adicionais.
4 colheres de sopa de arroz cozido com duas colheres de sobremesa de açúcar e uma de mel glicosado, passados na centrifuga.
Para os canários amarelos misturo todos os componentes acima e sirvo para eles.
Para os canários vermelhos, misturo o arroz e os ovos centrifugados e adiciono o carofhil, 4 gramas por kg e após adiciono, meio a meio da farinhada farinatta e farinha para canários com fator, misturo tudo e sirvo para os canários. Tem que ficar levemente úmida, caso fique muito seca adicione um pouco de água até ficar no ponto certo. Nos dias mais úmidos deixo a farinhada mais seca e nos dias quentes deixo a farinhada mais úmida.
Composição;
Ovos, verduras diversas picadas, arroz al dente triturado, maçã ralada e farinhada sem corante para os amarelos e com corante para os vermelhos.
Farinhada pronta deve ser bem soltinha e levemente úmida
Farinhada caseira;
Ovos cozidos esmagados + duas vezes o volume dos ovos de; (farelo de pão torrado + farelo de bolacha maria).
Pode ser acrescido germe de trigo a esta farinhada. Misturar tudo e servir levemente úmida.
Nota: Na criação de 2010, passei a utilizar a papa para filhotes industrializada, acrescida de ovos cozidos passados na centrífuga. Estas mistura ou farinhada era fornecida até o anilhamento e após seguia fornecendo a minha farinhada normal. A diferença é muito boa, tanto no desenvolvimento corpóreo quantos na plumagem. Este procedimento é um pouco mais caro que o tradicional, mas vale a pena.
Alimentação manual dos filhotes
O criador que optar por ministrar o reforço de alimentação manual com a utilização da papa para filhote, deve ter alguns cuidados especiais para executar esta tarefa, que a princípio parece ser fácil, mas na realidade não é.
Para servir este reforço alimentar, utilizamos a famosa papinha para filhotes ou a papa como é popularmente conhecida. A papa pode ser feita de forma caseira ou comprada nas lojas de produtos animais na forma industrializada. A papa caseira pode ser feita com bolacha doce à base de leite e maisena (“Maria”) e acrescida de gema de ovo cozida, vitaminas e água filtrada. Esta papa deve ter os seus componentes triturados o máximo possível, devendo ficar uma pasta homogênea, sem pedaços e levemente mole a ponto de não escorrer no bico do filhote. A papa industrializada para filhotes já vem pronta e é só adicionar água filtrada. Também devemos ter o cuidado de não deixá-la mole demais.
Para servir a papa para os filhotes, podemos utilizar o injetor de papa para filhotes, que é um aparelho semelhante ao aparelho de injeção de medicamentos, tendo o bico injetor, maior e mais largo. A papa é colocada em um reservatório do injetor e para alimentar o filhote devemos enfiar o bico injetor dentro da garganta e chegando até o papo do filhote. Para alimentar devemos pressionar o embolo do injetor, para que o alimento seja liberado dentro do papo. O inconveniente deste sistema é que requer um pouco de prática na aplicação, pois quando injetamos a alimentação também injetamos uma pequena quantidade de ar , que deixa o papo inchado. Este ar deve ser retirado com a utilização do próprio aparelho.
Injetor de Papa para filhotes
Também podemos servir a papa do modo tradicional, onde a mesma é servida com a utilização de uma pequena espátula feita de madeira ou plástico, onde devemos pegar pequenas quantidades de papa na ponta da espátula e colocá-la cuidadosamente dentro da boca do filhote. Neste processo devemos ter o cuidado para não deixar que a papa escorra ou caia por descuido em cima das narinas, pois a mesma pode ser inspirada para dentro das fossas nasais do filhote, fato que poderia causar infecção no seio da face. Por este motivo salientamos que a papa não pode ser servida muito mole. As infecções dos seios nasais causadas por penetração de restos de alimentação no interior das narinas são comuns para os criadores que utilizam este método. A inspiração de alimentos pelas narinas causam processos infecciosos que ocasionam a deformação do bico e comessura do bico, parte interna das bochechas e em muitos casos ocorrendo a morte do filhote.
Após alimentar o filhote devemos limpar o bico do filhote com papel macio ou cotonete e colocar o ninho com os filhotes de volta para a gaiola.
A operação de servir a comida de maneira manual deve ser feita em local que tenha uma boa temperatura, pois a temperatura servirá de fator de estímulo para que o filhote solicite a alimentação e também para não prejudicar a sua saúde, pois nesta fase os filhotes precisam de muito do calor para se desenvolver.
Se possível devemos desinfetar a espátula de servir a papa a cada filhote alimentado.
Não devemos exceder na quantidade de comida fornecida para os filhotes. Devemos sempre pensar que é apenas um reforço alimentar. Lembre-se de que o filhote não tem limite para comer, se deixar ele come até estourar o papo.
Minerais;
O Carvão Vegetal, Farelo de Ostra e Areia são extremamentes importantes para a saúde dos canários, auxiliando na digestão e como fonte de cálcio para os ossos.
AS VITAMINAS
O que são vitaminas?
Vitaminas são grupos de compostos orgânicos necessários apenas em quantidades mínimas na dieta, mas essenciais para reações metabólicas específicas do interior da célula e necessárias para o crescimento normal e para a manutenção da saúde. Várias delas agem como coenzimas ou como um grupo de enzimas responsáveis pela promoção de reações químicas essenciais.
Classificação
AS vitaminas podem ser classificadas em : Vitamina A , B , C , D , E , H , K
Importância de cada vitamina
Vitamina A
É derivado de um pigmento vegetal, o caroteno, que dá cor à abóbora e à cenoura. O caroteno é uma provitamina que se transforma em nosso fígado, em vitamina A ,essa é solúvel na gordura. Isto significa que para que seja absorvida pelo organismo ela necessita de gorduras e óleos. Essa vitamina ajuda a manter o bom funcionamento das células epiteliais da pele e das mucosas que revestem o sistema digestivo e o respiratório. A vitamina A apresenta-se em duas formas principais que são denominadas vitamina A1 e A2. A vitamina A1 é a principal forma em que a vitamina A se apresenta. O transretinol e o transretinal apresentam a mesma atividade biológica. O ácido retinóico, com exceção da visão e da reprodução, ele desempenha todas as outras funções da vitamina A. Com relação à visão, observa-se que a suplementação de ácido retinóico, como fonte única de vitamina A, com o passar do tempo conduz as aves à cegueira. Com relação à reprodução, sem um nível adequado de vitamina conduz à má formação dos embriões. A vitamina A2 ocorre em peixe de água doce. A sua atividade biológica é de 40% da atividade biológica do transretinol.
Complexo B
O complexo B abrange várias vitaminas que receberam letra B. Elas ocorrem juntas em vários alimentos, principalmente na casca dos grãos de cereais, no feijão, na gema de ovo e na carne.
Vitamina B1
A vitamina B1 é essencial para as transformações que os carboidratos sofrem no interior das células. Alimentos ricos em vitamina B1: germe e casca de cereais, amendoim gema de ovo, leite e carne.
Comercialmente a vitamina B1 é encontrada principalmente na forma de cloridrato de tiamina.
Testes com animais, com alimentação sem vitamina B1, mostrou que a falta dessa vitamina caracteriza-se por fraqueza, ataxia progressiva, paraplegia espástica e hiperestesia. A semelhança entre lesões do sistema nervoso no caso da paralisia da raposa e as lesões observadas no síndrome de Wernicke, no homem, leva a crer que esta síndrome é em parte atribuível à deficiência da vitamina B1.
Vitamina B2
O complexo B2 inclui várias vitaminas, entre as quais a riboflavina e o ácido nicotínico. Eles são importantes para o bom funcionamento e a regeneração das mucosas e da pele. São fontes particularmente ricas em riboflavina: fígado, rim e leite. O ácido nicotínico pode ser encontrado em verduras, no fígado e na gema de ovo.
Encontra-se presente em quase todas as células vivas.
Uma das mais importantes propriedades, é a de poder facilmente sofrer reações de oxidação e de redução. Ao oxidar-se, a cor amarelada característica da vitamina desaparece e em razão deste fato a vitamina B2 reduzida é incolor. Quando exposta ao ar, oxida-se retornando à sua coloração amarela.
Nas reações de redução, a vitamina B2 sofre um rearranjo de sua molécula e os átomos de hidrogênio ligam-se aos átomos de nitrogênio.
A vitamina B2 é também integrante da D-aminoácido oxidase que atua na oxidação dos aminoácidos no fígado e nos rins e da xantina oxidase que está vinculada ao metabolismo final das purinas.
Vitamina B6
A vitamina B6, também denominada piridoxina, permite a regeneração do sangue após hemorragias. São fontes de piridoxina o leite, o fígado e os cereais.
Comercialmente o principal produto que existe para ser usado como vitamina B6 é o cloridrato de piridoxina.
Vitamina B12
A vitamina B12 é importante na produção dos glóbulos vermelhos do sangue e também influi no crescimento do indivíduo. Alimentos ricos em vitamina B12: peixes, ostras, gema de ovo e carne.
A vitamina B12 é formada de dois componentes característicos. O primeiro apresenta uma estrutura semelhante aos nucleotídios.
O segundo componente que é a parte mais característica da molécula de vitamina B12 é um sistema cíclico da corrina, que se assemelha às porfirinas.
Vitamina C
A vitamina C é necessária para manter normais as paredes dos vasos sangüíneos. As frutas cítricas, as verduras, o tomate e a cebola são ricos em vitamina C. Existem diversas substâncias que apresentam atividade em vitamina C, das quais a mais importante é o ácido L-ascórbico. O ácido ascórbico é sintetizado por um grande número de plantas e por todos os mamíferos conhecidos, exceto os primatas e o porquinho-da-índia.
Vitamina D
A vitamina D é também conhecida como vitamina anti-raquítica, pois controla o aproveitamento do fósforo e do cálcio, importantes para o perfeito desenvolvimento dos ossos e dos dentes. Mesmo quando se ingerem alimentos que contenham fósforo e cálcio, essas substâncias não se fixam nos ossos quando há deficiência de vitamina D.
Nosso organismo pode aproveitar diretamente a vitamina D proveniente de certos alimentos ou sintetizá-la nas células de nossa pele a partir de uma provitamina: o ergosterol. Em presença dos raios ultravioleta do Sol, o ergosterol transforma-se em vitamina D. Alimentos ricos em vitamina D: óleo de fígado de bacalhau e atum.
A vitamina D é destruída pela ação da luz, especialmente a luz ultravioleta, pela presença de peróxidos provenientes da oxidação dos ácidos graxos insaturados. Esta destruição é aumentada pela presença de minerais.
A adição de vitamina E ou de outro antioxidante previne a destruição oxidativa da vitamina D.
O cálcio absorvido cai na corrente sangüínea na forma iônica.
Vitamina E
A vitamina E é também conhecida como vitamina antiesterilidade. Alimentos ricos em vitamina D: alface, ervilhas, mel, óleo de germe de trigo e de outros cereais.
Vitamina K
A vitamina K é conhecida como vitamina anti-hemorrágica, pois favorece a formação de substâncias importantes para a coagulação do sangue. Alimentos ricos em vitamina K: alfafa, espinafre, couve-flor e repolho.
A obstrução do canal biliar, as doenças hepáticas ou a interrupção da produção de sais biliares por drogas, como a colestiramina, afetam a absorção das vitaminas lipossolúveis, e desta a vitamina K é a mais afetada. Sinais de deficiência de vitamina K podem aparecer, as quais podem ser prontamente corrigidos pela administração de sais biliares e de provável competição com as outras vitaminas lipossolúveis pelos sistemas de absorção e de transporte.
Avitaminoses
Avitaminose da vitamina A
A deficiência de vitamina A no homem pode ser devida a um baixo nível dietético, à interferência que ocorre na absorção e armazenamento de vitamina A, a problemas na conversão do caroteno em vitamina A. Interferência na absorção e armazenamento da vitamina A têm sido observados em estados patológicos como o "spru", fibrose cística do pâncreas, colites ulcerativas, obstrução do ducto biliar e na cirrose hepática, etc... Os indivíduos com "diabete mellitus" e com hipotireoidismo apresentam problemas de conversão do caroteno em vitamina A. Perdas de vitamina A do sangue em crianças ocorrem durante certas infecções, principalmente nos casos de pneumonia, febre escarlate e infecções respiratórias. A manifestação clínica da deficiência de vitamina A no homem caracteriza-se por um retardamento no crescimento, e um abaixamento na resistência a infecções, principalmente a resfriados e infecções dos sínus(sinusites), sendo neste particular muito mais eficiente que a vitamina C. Outros problemas carenciais, devido à falta de vitamina A, são: falta de adaptação ao escuro que progride até a cegueira noturna total(hemoralopia), xeroftalmia que se caracteriza pela instalação de uma infecção secundária na mucosa visual queratinizada e por lesões típicas da pele. A deterioração da retina na cegueira noturna pode também levar a mudanças da sensibilidade da retina à luz colorida, e a visão do azul e do amarelo pode ser diminuída ou invertida
Avitaminose da vitamina B1
A deficiência de vitamina B1 no homem produz o beribéri. O beribéri no homem é um estágio avançado de deficiência de vitamina B1 e se caracteriza por alterações do sistema nervoso periférico causado pelo acúmulo de ácido pirúvico. Hoje se conhecem duas formas bem definidas de beribéri. O beribéri seco (dry beri-beri), que se caracteriza por um maior desgaste muscular, perda de sensibilidade da pele, paralisia que começa nas pernas, estendendo-se posteriormente a outras partes do corpo. O beribéri úmido (wet beri-beri) que se caracteriza pelo aparecimento de edemas nos braços, nas pernas e no tronco, em estágio mais avançado o coração aumenta de volume e às vezes ocorre a morte do indivíduo por falhas cardíacas.
Avitaminose da vitamina B2
A falta de vitamina B2 na ração de pintos pode causar o aparecimento de diarréias, retardamento do crescimento ou o aparecimento de uma paralisia das patas conhecida como paralisia dos "dedos curvados". Esta doença caracteriza-se por aparecer subitamente, e os animais caminham sobe seus tarsos com os dedos de sua patas curvados para dentro.
A doença ocorre em duas etapas: uma preliminar em que os sintomas são reversíveis com a administração de vitamina B2 e outra aguda em que as lesões causadas pela deficiência são irreversíveis.
Nos casos graves os nervos brônquios e o ciático hipertrofiam-se, chegando algumas vezes a aumentar 4 – 6 vezes seu diâmetro normal.
Os sintomas de deficiência de vitamina B2 em galinhas são: decréscimo na produção de ovos, aumento na mortalidade embrionária e aumento no tamanho do fígado e no seu conteúdo de gordura.
Avitaminose da vitamina B6
Os pintos alimentados com ração deficiente em vitamina B6 apresentam perda de apetite, redução na taxa de crescimento e sintomas nervosos característicos. Alguns pintos mostram-se excitados, apresentando, depois de algum tempo, movimentos convulsivos bruscos. Os pintos saem subitamente correndo sem rumo, às vezes batendo as asas mantendo a cabeça baixa. Os pintos podem também sofrer convulsões durante os quais se deitam sobre o peito, levantando as patas do chão ou do piso e batendo as asas. Os pintos podem cair para o lado, ficando de costas e agitando as pernas no ar.
As deficiências de vitamina B6 nas aves adultas caracteriza-se por perda de apetite, o que consequentemente leva à perda de peso do animal. A produção de ovos é reduzida acentuadamente, ocorrendo o mesmo com a ecodibilidade dos ovos. Todos estes sintomas tornam-se mais graves com o tempo, resultando na morte dos animais.
Avitaminose da vitamina B12
Os sintomas de deficiência de vitamina B12 são crescimento retardado, decréscimo na eficiência de utilização dos alimentos, alta mortalidade e redução na fertilidade dos ovos. "Perose" pode ocorrer em pintos e perus que recebem ração deficiente dessa vitamina. A adição de vitamina B12, nestas condições, pode prevenir a "perose".
Existe uma acentuada transferência de vitamina B12 da galinha aos pintos, e pode ocorrer uma alta mortalidade dos pintos, quando ovos incubados provêm de aves deficientes em vitamina B12.
Avitaminose da vitamina C
Devido a não sintetizar o ácido ascórbico por problemas genéticos, o homem necessita de ingestão constante de vitamina C. A deficiência de vitamina C causa o "escorbuto". Os sintomas patológicos do escorbuto limitam-se quase que exclusivamente aos tecidos de suporte de origem mesenquimal (ossos, dentina, cartilagens e tecido conjuntivo). Isto provavelmente ocorre devido à falta de hidroxilação dos aminoácidos aromáticos. O escorbuto nos adultos caracteriza-se por: ulcerações, gengivas inchadas, afrouxamento dos dentes, modificação na integridade dos capilares, anorexia, anemia. As crianças alimentadas com sudedâneos do leite materno sem suplementação adequada com fontes vegetais de vitamina C tornam-se suceptíveis ao "escorbuto infantil". Este estado carencial caracteriza-se por fraqueza, juntas inchadas, dificuldade de movimentação, manchas hemorrágicas, feridas difíceis de curar e anemia. Exceto a anemia, todos os outros sintomas são devidos a problemas na formação dos colágenos e de condriona sulfato. A anemia deve-se a uma dificuldade do indivíduo em usar o ferro armazenado. É aventado também que a vitamina C tem um papel importante na prevenção de gripes e resfriados, por participar da síntese da condroitina sulfato. Embora tendo este papel na proteção das mucosas, a vitamina C é menos eficiente que a vitamina A no controle de gripes e resfriados.
Avitaminose da vitamina D
A deficiência de vitamina D em aves produz raquitismo, cujos sintomas aparecem entre a 2A e 3A. semana de idade dos animais. O bico e as unhas tornam-se moles e dobráveis. As pernas tornam-se fracas e os pintos apresentam tendência de não caminhar e, se caminham, o fazem com dificuldade, balanceando o corpo, o que indica falta de equilíbrio do animal. Este enfraquecimento das pernas deve-se a uma alteração nos processos de absorção e de retenção de cálcio, o que resulta num desenvolvimento anormal do tecido ósseo. O desenvolvimento anormal dos ossos se observa com facilidade nas patas e nas uniões endocondriais existentes nos lados do peito. A coluna vertebral curva-se para baixo na região sacral e coccigiana. O esterno apresenta curvamento e depressões laterais. Estas modificações reduzem o tamanho do tórax, produzindo como conseqüência uma compressão dos órgãos vitais.
Um dos sintomas mais característicos de deficiência de vitamina D é o aparecimento de nódulos nas costelas, principalmente nos pontos de união das costelas com a coluna vertebral.
Os sintomas de deficiência de vitamina D em poedeiras confinadas começa 2 a 3 meses após os animais terem começado a ingerir ração deficiente em vitamina D. O primeiro sintoma da deficiência da vitamina D manifesta-se por um aumento do número de ovos de casca fina ou sem cascas, seguido por um decréscimo da produção de ovos. A incubabilidade é reduzida acentuadamente.
Avitaminose da vitamina E
A deficiência de vitamina E em pintos é responsável pelo aparecimento de três doenças carenciais que são: encefalomalácia, diástase exsudativa e distrofia muscular.
A encefalomalácia ocorre normalmente nas explorações avícolas e está diretamente ligada a rações com baixo nível de vitamina E e que apresentam um alto teor de ácido insaturado. Caracteriza-se este problema carencial por uma ataxia resultante de hemorragia e edemas do cerebelo; algumas vezes até o próprio cérebro do animal é atacado.
Os pintos atacados mostram-se com as patas abertas e os dedos encolhidos. A cabeça retrai-se para dentro e em alguns casos encontra-se torcida lateralmente e seus movimentos são sem coordenação.
Na diástase exsudativa, os capilares tornam-se permeáveis e este aumento da permeabilidade conduz à formação de edemas. O conteúdo destes edemas apresenta um comportamento eletroforético semelhante ao plasma sangüíneo, indicando que proteínas do sangue passam para estes edemas.
Avitaminose da vitamina K
A deficiência de vitamina K no homem resulta numa redução do nível de protrombina do sangue em conseqüência ocorre um retardamento no tempo de coagulação do sangue. Em conseqüência deste retardamento, o indivíduo está sujeito a sofrer sérias hemorragias.
Fontes das vitaminas
Vitamina A
Vegetais amarelos ( cenoura, abóbora, batata doce, milho ), pêssego, nectarina, abricó, gema de ovo, manteiga, fígado.
Vitamina B1
Cereais na forma integral e pães , feijão, fígado, carne de porco, ovos , fermento de padaria , vegetais de folhas.
Vitamina B2
Vegetais de folhas ( couve, repolho, espinafre ) , carnes ,ovos , fígado, leite, fermento de padaria.
Vitamina B6
Levedo de cerveja, carnes magras, peixes.
Vitamina C
Frutas cítricas, tomate, vegetais de folha, pimentão.
Vitamina D*
Óleo de fígado de bacalhau, fígado, gema de ovo.
* A vitamina D não é encontrada pronta na maioria dos alimentos; estes contêm, em geral, um precursor que se transforma na vitamina quando exposto aos raios ultravioleta da luz solar
Vitamina E
Óleo de germe de trigo, carnes magras, laticínios, alface, óleo de amendoim.
Vitamina K
Vegetais verdes, tomate, castanha.
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Re: Alimentação dos Canários
Seg 4 Mar - 18:40
amigo goberto sempre que se colocar um artigo tem que se colocar a fonte do mesmo!
CRIADOR DE CANARIOS DE COR :
AMARELOS :INTENSO, MARFIM,NEVADO
AMARELOS MOSAICOS
VERMELHOS MOSAICOS
VERMELHO : INTENSO,MARFIM,NEVADO
VERDE:INTENSO,NEVADO,MARFIM,MOSAICO
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